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O que você fazia em 2006? A britânica Ellie Challis estampava a capa do jornal diário “The Sun”, um dos maiores veículos de notícias da Inglaterra. Com apenas três anos de idade, a pequena havia enfrentado uma meningite mortal e sua história repercutiu em todo o país.
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Manchete e comoção
A matéria foi parar nas bancas com o título de “caminhada da vida” e dava enfoque às novíssimas próteses de pernas conseguidas depois de uma vaquinha realizada no subúrbio de Rainham, que fica no condado de Éssex. O financiamento arrecadou 20 mil euros e deu uma nova vida para Ellie.
A garotinha foi acometida pela meningite quando tinha apenas 16 meses de idade e seu pai, Paul, confirmou que ela chegou a morrer por dois minutos depois de uma parada cardíaca e foi reanimada pela equipe médica: “Ela ficou em coma por cinco semanas e a única coisa que você podia esperar é que ela sobrevivesse”.
No hospital, Ellie ainda enfrentou uma complicação provocada pela sepse, que é quando o corpo não responde bem a uma infecção e danifica tecidos e órgãos. Por esse motivo, teve que amputar suas pernas abaixo do joelho e seus braços depois dos cotovelos.
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Volta por cima e chance de medalha em Tóquio
A vida da garota mudou quando conheceu um clube de natação para pessoas com deficiência em 2015. Sua carreira teve rápida ascensão e Ellie logo chegou ao time nacional da Grã-Bretanha. Em 2019, ela bateu o recorde britânico e europeu na categoria borboleta, além do recorde mundial no modo peito.
Aos 57 anos e separado de Lisa, mãe da nadadora, o pai é seu fã número um e se mudou para Manchester para ficar mais próximo do centro de treinamento da filha: “Eu não poderia estar mais orgulhoso do que ela conquistou”.
Ellie Challis vai disputar quatro categorias individuais da natação nas Paralimpíadas de Tóquio, que começam na próxima terça-feira (24), em Cerimônia de Abertura, às 8h (Brasília). O evento terá transmissão ao vivo do canal SporTV, do Grupo Globo.
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