Olimpíadas: hipismo tem participação discreta e marcada por treta com mãe famosa
Hortência recebeu críticas após comemorar desempenho do filho no adestramento
Rodrigo Pessoa não teve bom desempenho e ficou longe de buscar mais uma medalha - Foto: Julian Finney/Getty Images
O hipismo brasileiro teve uma participação discreta nos Jogos Olímpicos de Tóquio. As maiores chances de medalha estavam na prova de saltos, que já rendeu dois pódios ao país, mas o resultado na final acabou decepcionado: o time ficou em sexto lugar, com 29 pontos e falhas dos três cavaleiros.
A chance de medalha ficou complicada já na primeira passagem, com Marlon Zanotelli. Ele derrubou três obstáculos e perdeu 12 pontos. Yuri Mansur perdeu 4 pontos com mais uma falta. O último, Pedro Veniss, derrubou três obstáculos e ainda estourou o tempo, o que custou 13 pontos.
A primeira decepção tinha acontecido nas eliminatórias. O cavalo de Rodrigo Pessoa refugou, e por pouco a equipe não foi eliminada. O medalhista de ouro em Atenas-2004 consegue conduzir o animal até o fim do percurso e evitar a desclassificação, mas preferiu não saltar na final.
Yuri Mansur teve o melhor desempenho na prova individual, terminando na 20ª posição. Ele tinha zerado o percurso na eliminatória, mas cometeu duas faltas na decisão, ficando com 8 pontos e saindo da briga por medalhas.
Treta no adestramento
Conhecido pela elegância dos participantes, o hipismo foi objeto de treta nas redes após a prova de adestramento. João Vitor Marcari Oliva terminou em 26º lugar, melhorando o desempenho em relação ao Rio-2016. E, após a apresentação, sua mãe, a ex-jogadora de basquete Hortência, comemorou às lágrimas ao vivo na TV Globo.
Mas, ao celebrar no seu Instagram, a Rainha do Basquete teve de lidar com um comentário negativo do ator Dado Dollabela, crítico ao uso de animais no esporte. Hortência, certeira como num arremesso de três, respondeu: “Escolha não temos nós pra ouvir tanta bobagem saindo da sua boca”.
Sem sucesso no CCE
No CCE (Concurso Completo de Equitação), prova que reúne saltos, adestramento e cross country, o melhor resultado foi de Carlos Parro, que terminou na 32ª posição. Marcelo Tosi foi o 44º colocado e Rafael Losano ficou sem colocação. Na disputa por equipes, o Brasil ficou em 12º entre 15 países.
O Brasil manteve, assim, seu histórico de três medalhas no hipismo. A equipe foi bronze em Atlanta-1996 e Sydney-2000; e Rodrigo Pessoa levou o ouro na prova individual em Atenas-2004. Pessoa também esteve nas conquistas por equipe e é um dos brasileiros com três medalhas olímpicas.
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