Simone Biles provavelmente apertou o botão de “reset” e retornou ao básico antes de se sentir pronta para voltar a competir nas Olimpíadas de Tóquio, onde fez uma pausa para se concentrar em sua saúde mental. Essa é a opinião da psicóloga esportiva Hillary Cauthen.
Biles surpreendeu nas Olimpíadas quando se retirou da competição por equipes da ginástica artística na semana passada. Depois, desistiu da final geral individual e de outras três finais de aparelhos: salto, solo e barras assimétricas.
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Na manhã desta terça-feira (03), a norte-americana de 24 anos disputou a final da trave e conquistou a medalha de bronze, fechando sua participação no Japão.
Hillary Cauthen, membro do conselho executivo da Associação de Psicologia do Esporte, disse em entrevista à agência Reuters que Simone Biles provavelmente passou grande parte da semana passada se apoiando em várias ferramentas, como preparação mental, controle da respiração e conversa interna.
“Ela provavelmente precisava trabalhar para desacelerar as coisas, adicionando relaxamento em seu esforço de trabalho, recuperando a confiança em si mesma e tendo a escolha de se sentir fisicamente, mentalmente e emocionalmente preparada”, disse a psicóloga.
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“Essas são coisas que ela certamente já estava fazendo, mas isso tirou o melhor dela em uma situação de alta pressão e alto estado emocional, então é como apertar o botão de reset“, continuou.
Atleta forte
A expectativa era de que Biles fosse uma das principais atrações dos Jogos de Tóquio na busca por seis medalhas de ouro, que a tornariam a mulher mais bem-sucedida de todos os tempos em todos os esportes na história das Olimpíadas.
Para Hillary Cauthen, o fato de Simone Biles desistir de competir e, em tão pouco tempo, ainda disputar uma última prova, é um fator psicologicamente positivo.
“Isso mostra que ela é definitivamente uma atleta forte”, comentou a psicóloga.
“Ela se conhece bem o suficiente sobre quando precisa fazer uma pausa, refletir, adicionar diferentes técnicas de treinamento. Ela está treinando sua mente e suas emoções além das coisas físicas que vemos”, finalizou.
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