Home Extracampo Seleção brasileira: Tite rejeita visitar Bolsonaro se ganhar o título da Copa do Mundo

Seleção brasileira: Tite rejeita visitar Bolsonaro se ganhar o título da Copa do Mundo

Treinador teme que Bolsonaro faça uso político da seleção brasileira

Octávio Almeida Jr
Jornalista graduado pela Universidade da Amazônia (UNAMA), 29 anos. Repórter de campo pela Rádio Unama FM em duas finais de Campeonato Paraense (anos 2016 e 2017). Repórter no site Torcedores.com desde 2018.

Treinador teme que Bolsonaro faça uso político da seleção brasileira

Tite já tomou mais uma decisão enquanto profissional da seleção brasileira. Desta vez, não se trata de uma escolha sobre o time titular, mas de bastidores. De acordo com o site Globo Esporte (GE), o treinador não vai acompanhar a delegação até Brasília, em caso de título da Copa do Mundo 2022.

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Nesse sentido, ele não vai se encontrar com o presidente da República, Jair Bolsonaro, que tem mandato até o fim do referido ano.

Segundo o portal de notícias, Tite não vai visitar o servidor público antes ou depois da competição internacional ser realizada.

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O profissional da bola teme que Bolsonaro faça uso político da seleção brasileira. A Copa do Mundo termina no dia 18 de dezembro, ou seja, depois das eleições presidenciais.

O primeiro turno da corrida eleitoral está marcado para o dia 2 de outubro. Já o segundo turno, se necessário, ocorre no dia 30. Jair Bolsonaro deve ser um dos candidatos.

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“Seguro da escolha, Tite trata esta decisão como inegociável. Em 2018 ele também estava resolvido a não visitar o então presidente Michel Temer em caso de vitória na Copa da Rússia”, publica o GE.

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Tradição e polarização eleitoral

O Brasil é pentacampeão mundial. Conquistou os títulos nos anos 1958, 1962, 1970, 1994 e 2002. Em todas as conquistas, o time canarinho sempre visitou o presidente da República em exercício.

A lista de presidentes tem os seguintes nomes: Juscelino Kubitschek, João Goulart, Emílio Médici, Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso.

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O cenário atual, entretanto, é muito diferente. De acordo com o GE, Tite entende que a sociedade está polarizada. E isso deve ficar mais latente em 2022, ano de eleições.

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Visita a político

O Corinthians foi campeão da Libertadores, em 2012, e Tite era o técnico do clube paulista. Após o título, dirigentes e o ex-técnico do Timão visitaram Lula (principal adversário de Bolsonaro) e levaram o troféu para o petista que é, assumidamente, corintiano.

Anos depois, a imagem foi utilizada para apontar Tite como alguém, ideologicamente, de esquerda, o que ele nega: “não sou comunista, sou humanista”, costuma declarar.

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Quando a visita ocorreu, Lula não ocupava mais o cargo de presidente da República. Apesar disso, o treinador diz se arrepender de tal ato.

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