Home Automobilismo F1: Vettel ‘detona’ motor e diz por que Fórmula 1 pode desaparecer

F1: Vettel ‘detona’ motor e diz por que Fórmula 1 pode desaparecer

Em longa entrevista, piloto alemão da Aston Martin opinou sobre justiça social, questões climáticas e os rumos da F1

Álvaro Logullo Neto
24 anos, formado em Jornalismo pela Universidade de São Paulo e, desde 2021, redator de esportes no Torcedores.com. Por aqui, um pouco de tudo: tênis, basquete, NFL, Fórmula 1, esportes olímpicos e Fiorentina... digo, futebol!

Não é de hoje que o tetracampeão da Fórmula 1, Sebastian Vettel, se dedica a discutir pautas que extrapolam o asfalto dos circuitos. Aos 34 anos, aliás, o alemão busca aproveitar os anos que lhe restam na categoria para jogar luz sobre problemas sérios. Desde a desigualdade de gênero até mesmo os impactos ambientais causados pela F1.

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Nesta linha, Vettel concedeu uma longa entrevista ao site The Race onde aborda diversos assuntos, como ativismo, sociedade e, claro, os rumos da Fórmula 1. E o piloto da Aston Martin não parece muito contente com a situação atual da categoria em termos ecológicos. Perguntado sobre o papel sustentável da F1, Vettel foi enfático.

“O motor é supereficiente, mas é inútil”, disse o alemão. “Gastamos muito dinheiro em um motor que basicamente não tem relevância para as pessoas normais na estrada ou para a próxima geração de carros quando você decidir comprar um novo”, completa o piloto.

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Vettel, contudo, acredita que a Fómula 1 tem pessoas capazes de tornar o esporte mais ‘amigável’ ao meio-ambiente. Na verdade, na visão do piloto, trata-se de uma necessidade: “Há certas coisas sendo discutidas em regulamentos futuros. Se mudanças ocorrerem, será uma coisa boa. Mas se nada mudar, não estou otimista. Acho que a F1 vai desaparecer e provavelmente com razão. Porque estamos em uma fase em que sabemos que cometemos erros e não temos tempo para continuar fazendo isso”.

Fórmula 1 mais sustentável?

Recentemente, a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) anunciou que fará mudanças nas unidades de potência (motores) da Fórmula 1 a partir de 2026. O intuito é, justamente, tornar a categoria mais sustentável. Nessa esteira, a Federação também vai introduzir um novo combustível a partir de 2022, com 10% de etanol na composição. Trata-se do combustível E10. Contudo, para Vettel, esta medida ainda não é suficiente.

“A F1 vem buscando combustíveis renováveis, mas agora temos um composto de apenas 10% de e-combustíveis no carro. Isso, no entanto, que não é uma revolução. Você pode comprá-lo em bombas de combustível ao redor do mundo há vários anos”, afirma o piloto.

Embora diga que ‘não tem todas as respostas’ para sanar o problema ecológico, Sebastian Vettel sugere que a Fórmula 1 introduza combustíveis sintéticos o mais rápido possível. O alemão, portanto, segue muito crítico a respeito do papel da categoria nas questões que tangem o meio-ambiente. Ainda assim, o tetracampeão revela que sofre críticas por seguir correndo na F1, mas o faz, também, para tentar tornar o esporte mais ‘verde’.

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