Ex-piloto francês de F1, Alain Prost demonstra receio de que o público perca parte do interesse pela temporada de 2022. De acordo com o tetracampeão da categoria, isso pode acontecer devido ao ‘número exagerado de corridas’. Isso porque serão 23 Grandes Prêmios ao longo do próximo ano, um recorde na história da Fórmula 1.
No podcast The Fast Lane, o atual consultor da equipe Alpine explicou sua preocupação: “23 corridas é muito. Eu me lembro da primeira vez em que fizemos três corridas em finais de semana consecutivos. Até eu perdi um pouco do interesse. Toda hora uma corrida”.
Certamente, uma das responsáveis por este número grande de provas é a questão comercial. Mais corridas significam mais receita com patrocínios, mas para Prost é preciso ter equilíbrio. O eterno rival de Ayrton Senna completa: “Para mim, se a F1 obtivesse mais sucesso e atraisse mais patrocinadores, talvez fosse possível ter menos corridas. No entanto, parece que não é assim que as coisas acontecem.”
Cada vez mais corridas na F1
O número de GPs por temporada vem crescendo, basicamente, a cada temporada da Fórmula 1. Com exceção de 2020, que contou com ‘apenas’ 17 provas em virtude da pandemia de Coronavírus, 11 das últimas 12 temporadas tiveram, ao menos, 19 corridas. Neste ano, Max Verstappen sagrou-se campeão após 22 corridas em 20 países diferentes.
Ainda assim, os 17 Grandes Prêmios de 2020 já são mais, por exemplo, do que em todas as oportunidades na qual Alain Prost foi campeão. O francês faturou o título da F1 em 1985, 1986, 1989 e 1993. Em todos estes anos, a Fórmula 1 contou com 16 corridas. No ano de 1995, este número saltou, pela primeira vez desde 1977, para 17 provas. Em 2012, o número chegou a 20, algo inédito até então.
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