Home Esportes Olímpicos Atleta que exibiu símbolo pró-Rússia em pódio na ginástica diz que faria de novo

Atleta que exibiu símbolo pró-Rússia em pódio na ginástica diz que faria de novo

Ivan Kuliak subiu ao pódio depois de conquistar o terceiro lugar na final das barras paralelas na etapa de Doha na Copa do Mundo de Ginástica Artística

Wemerson Ribeiro
Formado em Jornalismo pela Universidade Anhembi Morumbi, com passagem pelo Portal R7, como estagiário, na editoria de Esportes.

O atleta Ivan Kuliak, da Rússia, disse em entrevista que não se arrependeu por ter exibido o mesmo símbolo usado pelas tropas de Vladimir Putin na invasão contra a Ucrânia. O gesto foi feito durante a cerimônia de premiação da Copa do Mundo de Ginástica Artística, em Doha, em que ele terminou com o bronze.

PUBLICIDADE

[DUGOUT dugout_id=”eyJrZXkiOiI0R3ZSaVBsWSIsInAiOiJ0b3JjZWRvcmVzIiwicGwiOiIifQ==”]

A atitude do jovem chocou os espectadores e provocou uma reação da organização, que prometeu uma investigação no caso para tratar da questão disciplinar. Enquanto isso, a FIG (Federação Internacional de Ginástica) cumpriu sua promessa ontem e suspendeu todos competidores e oficiais da Rússia, seguindo a mesma linha do COI (Comitê Olímpico Internacional).

PUBLICIDADE

Mesmo com o movimento de retaliação pela postura adotada em Doha, Ivan Kuliak não mudou seu pensamento e disse que faria tudo novo. A fala foi registrada em entrevista para o canal de televisão russo RT, cujo financiamento é estatal e mantém os mesmos ideais de Putin.

PUBLICIDADE

“Eu vi [o símbolo] no nosso exército e procurei para saber o que ele significava. Vi que era ‘pela vitória’ e ‘pela paz’. Eu só queria mostrar a minha posição. Como atleta, sempre vou lutar pela vitória e competir pela paz”, disse o ginasta de 20 anos.

Guerra Rússia x Ucrânia

Mas ao contrário da interpretação de Ivan Kuliak, a letra “Z” é encarada como um emblema pró-guerra e a favor da invasão das tropas russas na Ucrânia. Este ícone é estampado em trajes militares e foi pintado em diversos tanques por soldados de Putin.

Os conflitos bélicos entraram no seu 13º dia na madrugada de hoje e, apesar dos números conflitantes, é estimado que mais de 11 mil combatentes ucranianos tenham morrido até agora. Os órgãos que cuidam dos direitos humanos falam também em 400 civis abatidos, sendo, destes, 27 crianças.