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Fórmula 1 é acusada de ignorar crimes graves no Bahrein; entenda

Instituto enviou carta à F1 protestando sobre a falta de posicionamento da categoria em questões de direitos humanos no Bahrein

Por Álvaro Logullo Neto em 14/03/2022 21:06 - Atualizado há 3 meses

GP do Bahrein é o primeiro da temporada da F1
Getty Images

A temporada de 2022 da Fórmula 1 terá início no GP do Bahrein, no próximo dia 20 de março. No entanto, por um momento, a expectativa dos fãs dá lugar a protestos realizados por um instituto do país árabe. Trata-se do BIRD (sigla em inglês para ‘Instituto do Bahrein para os Direitos e Democracia‘).

Recentemente, o BIRD enviou uma carta à F1 em protesto pelo prolongamento de contrato entre a categoria e o GP do Bahrein. Em fevereiro, a Fórmula 1 anunciou que vai continuar a organizar uma corrida anual no país, ao menos, até 2036. O Bahrein é sede de uma prova na F1 desde 2004.

Contudo, o BIRD entende que a categoria vem ignorando problemas relacionados a direitos humanos no país: “A F1 abandonou aqueles que foram torturados e encarcerados no Bahrein. Contradizendo, portanto, sua afirmação de que leva muito a sério a violência, o abuso dos direitos humanos e a repressão”, diz um trecho da carta.

E os protestos não cessam por aí. “A Fórmula 1 contribuiu para o abuso e sofrimento de indivíduos. Além disso, não utilizou adequadamente a sua plataforma para pôr fim aos abusos ou para assegurar cuidados a estas vítimas”, diz o BIRD.

O Instituto ainda sugere medidas semelhantes com as tomadas pela F1 na Rússia, após a invasão à Ucrânia. Vale lembrar que a categoria já anunciou o cancelamento do GP de Sochi em 2022.

Fórmula 1 nega acusações

Diante de tais críticas, a Fórmula 1 se defendeu. Um porta-voz da F1 citado pela BBC garantiu que a organização “leva muito a sério as resonsabilidades em matéria de direitos humanos e que os mesmos foram tidos em conta aquando do processo de renovação com o Bahrein”.

“Estabelecemos elevados padrões éticos para os que fazem parte da nossa cadeia de funcionamento. Foram consagrados nos contratos e prestamos muita atenção ao seu cumprimento”, conclui a fonte.

O BIRD, contudo, ainda quer mais. O instituto pede engajamento, também, dos protagonistas do show: os pilotos. “Defendam publicamente os direitos humanos no Bahrein e na Arábia Saudita, também nas plataformas de comunicação social”, reforça o protesto. Vale lembrar que, diferentemente do Bahrein, o GP da Arábia Saudita entrou no calendário da F1 somente na temporada passada.

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