Nesta quarta-feira começa mais uma edição do Campeonato Paulista Sub-20. Uma novidade importante para este ano é a quantidade de equipes que irão lutar pelo título da competição. No último ano participaram 54 clubes enquanto em 2021 serão 70 competidores. Desses 17 são de clubes-empresa. nove a mais que a última edição. Isso representa 23% dos clubes participantes.
Em 2020 o título foi conquistado pelo Palmeiras, que levantou a taça após derrotar o Mirassol no placar agregado de 3 x 0. Foi o quinto título consecutivo do alviverde, que estabeleceu um recorde sendo o primeiro time a conquistar cinco vezes seguidas o Paulista.
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Porém a luta pelo hexacampeonato não será fácil. Isso porque os clubes da capital e do interior estão mais nivelados e resultados que no profissional seriam “surpreendentes”, nas categorias de formação são considerados mais normais. Um exemplo disso é o próprio Mirassol. Finalista da edição passada do Campeonato Paulista, o clube chegou nas quartas de final na Copa São Paulo de Futebol Júnior chegou nas quartas de final, deixando gigantes como Atlético-MG e Bahia pelo caminho.
Os competidores foram separados em 12 grupos, dois com cinco times e dez com seis. Assim, os dois melhores de cada grupo e os oito melhores terceiro colocados avançam de fase. A final do campeonato está prevista para acontecer no dia 9 de novembro.
Força do interior no Paulistão Sub-20
O Campeonato Paulista principal já é conhecido por ser um dos estaduais mais disputados do país. O mesmo se aplica também nas categorias de base. Mais que lutar pelo título, os clubes buscam revelar bons jogadores.
Marildo Ferreira de Campos, coordenador de base do Novorizontino, fala sobre sua expectativa na disputa do Paulistão Sub-20.
“O Novorizontino sempre teve boas equipes nesta categoria e fez bons campeonatos. Dado a essa tradição do clube que é fundamentada pelo alto investimento, penso que esse ano de 2022 não fuja tanto do planejado. Embora tivemos que remontar a equipe por conta de um ano sem atividade, porque em 2021 não participamos por conta da pandemia, estamos com boas expectativas, principalmente para a primeira fase da competição.”, afirmou o coordenador.
Percebendo o aumento de clubes-empresa, Marildo comentou sobre o aumento desse tipo de gestão no âmbito das categorias de base: “O futebol antes de uma paixão é um negócio, e por sua natureza ele precisa ser economicamente viável”, contou o cartola do Novorizontino que, apesar de não ser um clube-empresa, encontra na base um dos seus maiores focos de investimentos e retornos financeiros.
Luciano Santos, treinador do Sub-20 do Botafogo-SP, também deu sua opinião sobre a competição
“É um recomeço, uma retomada após os dois anos de pandemia. O nosso objetivo é melhorar o desempenho dos nossos atletas, competir em bom nível e, assim, melhorar o nosso processo de formação, sem deixar de lado o que é mais importante: a competitividade. Buscar atletas com projeção, atletas vencedores e que tenham projeção para ingressar no profissional, o que é de extrema importância para todos nós”, contou o treinador tricolor.
Gestor do clube de Ribeirão Preto, Adalberto Baptista, ressalta a importância que os jovens valores das categorias de base têm para o Botafogo como um todo e analisa a participação do Botinha no Paulista Sub-20. “É uma disputa de alto nível, onde podemos dar aos nossos atletas um forte ritmo de competição. Trabalhamos sempre de olho nas categorias de base, a fim de revelar atletas que possam servir e qualificar o elenco profissional”, comenta.

