Neymar sofreu oito faltas contra o Japão, marcou de pênalti o gol da vitória da seleção brasileira, mas também ficou marcado por um jogo em que voltou a prender muito a posse de bola.
Segundo o jornalista e analista André Rocha, do UOL Esporte, o craque da seleção brasileira centralizou as jogadas e exagerou no individualismo. Para ele, essa atitude de Neymar prejudica até mesmo Vinícius Júnior, que participa menos da partida em locais próximos ao gol.
“Desta vez o camisa dez buscou mais a bola com os volantes e lembrou os momentos em que centralizava todas as ações ofensivas, exagerando no individualismo. Não por acaso sofreu oito faltas. Foi quem mais interagiu com Vinicius, porém em regiões mais distantes da meta do goleiro Gonda”, publicou o jornalista em sua coluna no UOL Esporte.
Problema de Neymar foi ‘recaída’
O jornalista, porém, encarou o problema de Neymar como uma “recaída”. Segundo ele, o fato não foi tão preocupante. De qualquer forma, o camisa 10 precisa “soltar a bola” para o atacante do Real Madrid conseguir brilhar pela seleção brasileira.
“Agora cabe a Tite trabalhar para fazer as estrelas voltarem a funcionar reunidas. Com a consciência de que quanto mais Neymar conduzir e driblar, menos o jogo flui. Seja pelas faltas dos rivais ou pela menor participação dos companheiros. Parecia um problema solucionado, mas que teve uma “recaída” em Tóquio. Para Vinicius Júnior brilhar, Neymar tem que soltar a bola. Nada tão preocupante. Importa mesmo é seguir focando em ganhar repertório ofensivo para surpreender.”
O Brasil criou várias chances contra o Japão, mas viu um adversário completamente recuado. A equipe teve dificuldades para converter as chances e só marcou no segundo tempo, quando Richarlison sofreu pênalti e Neymar bateu com frieza para fazer 1 a 0. A seleção encerra seu ‘tour’ pela Ásia com duas vitórias. Além de bater o Japão, venceu também a Coreia do Sul, por 5 a 1.
