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Brasileirão Série A tem uma “verdadeira legião estrangeira”, com mais de 80 profissionais atuando no Brasil

Entre jogadores e técnicos, primeira divisão do Campeonato Brasileiro tem 90 profissionais estrangeiros atuando no país

Por Flavio Souza em 26/07/2022 06:01 - Atualizado há 3 anos

A cada ano que passa, jogadores de outras nacionalidades vem ganhando cada vez mais espaço nos clubes do Brasil, principalmente na primeira divisão. Hoje temos 78 atletas de outra nacionalidades atuando em 19 dos 20 clubes do Brasileirão Série A. A única exceção é o Goiás.

Já fora dos gramados, temos seis técnicos estrangeiros, com destaque para Abel Ferreira e Vítor Pereira, respectivamente no Palmeiras e Corinthians, que lideram o campeonato.

Esse crescimento é motivado principalmente pelo Real hoje estar mais forte que moedas de outros países sul-americanos, como explicou Eduardo Carlezzo, especialista em direito esportivo.

“Observo que os futebolistas sul-americanos almejam atuar no Brasil, por conta dos salários melhores, estrutura de alto nível, forte qualidade de enfrentamento e estádios de ponta. No continente, o Brasil costuma concorrer com as equipes mexicanas pelas melhores promessas. Atualmente, essa disputa ficou ainda mais difícil, uma vez que os times dos Estados Unidos estão investindo muito dinheiro na janela de transferências”.

Lista de jogadores / técnicos por clube

Athletico: 6

David Terans – URU

Nicolás Hernández – COL

Bryan Garcia – EQU

Tomás Cuello – ARG

Orejuela – COL

Agustín Canobbio – URU

Internacional: 4

Fabrício Bustos – ARG

Gabriel Mercado – ARG

Johnny – EUA

Carlos de Pena – URU

São Paulo: 6

Andrés Colorado – COL

Robert Arboleda – EQU

Emiliano Rigoni – ARG

Jonathan Calleri – ARG

Gabriel Neves – URU

Giuliano Galoppo – ARG

Atlético-MG: 6

Junior Alonso – PAR

Nacho Fernández – ARG

Matiás Zaracho – ARG

Eduardo Vargas – CHI

Cristian Pavón – ARG

Ramón Martínez – PAR

Fortaleza: 6 + técnico

Valentín Depietri – ARG

Silvio Romero – ARG

Bryan Ceballos – COL

Anthony Landázuri – EQU

Emanuel Brítez – ARG

Rómulo Otero – VEN

Técnico: Juan Pablo Vojvoda – ARG

Red Bull Bragantino: 5

Leonardo Realpe – EQU

Kevin Lomónaco – ARG

José Hurtado – EQU

Emiliano Martínez – URU

Jan Hurtado – VEN

Palmeiras: 7 + técnico

Gustavo Gómez – PAR

Benjamín Kuscevic – CHI

Joaquín Piquerez – URU

Eduard Atuesta – COL

Miguel Merentiel – URU

“Flaco” Lopez – ARG

Iván Angulo – COL

Técnico: Abel Ferreira – POR

América-MG: 4

Germán Conti – ARG

Raul Cáceres – PAR

Juan Pablo Ramirez – COL

Bénitez – ARG

Santos: 4

Carlos Sánchez – URU

Rodrigo Fernández – URU

Bryan Angulo – EQU

Jhojan Julio – EQU

Juventude: 2

Isidro Pitta – PAR

Óscar Ruiz – PAR

Cuiabá: 3 + técnico

Juan Ojeda – PAR

Christian Rivas – VEN

Kelvin Osorio- COL

Técnico: António Oliveira – POR

Botafogo: 4 + técnico

Gatito Fernández – PAR

Joel Carli – ARG

Renzo Saravia – ARG

Cuesta – ARG

Técnico: Luís Castro – POR

Fluminense: 4

Germán Cano – ARG

Mário Pineida – EQU

Jhon Arias – COL

Michel Araújo – URU

Flamengo: 3

Giorgian de Arrascaeta – URU

Richard Ríos – COL

Arturo Vidal – CHI

Coritiba: 5 + técnico

Adrian Martínez – ARG

Guillermo de los Santos – URU

Matías Galarza – PAR

Pablo Garcia – URU

Hernán Pérez – PAR

Técnico: Gustavo Morínigo – PAR

Atlético-GO: 1

Diego Churín – ARG

Avaí: 1

Paolo Guerrero – PERU

Corinthians: 5 + técnico

Rafael Ramos – POR

Víctor Cantillo – COL

Bruno Méndez – URU

Fabián Balbuena – PAR

Fausto Vera – ARG

Técnico: Vítor Pereira – POR

Ceará: 2

Stiven Mendoza – COL

Jhon Vásquez – COL

Quantidade de estrangeiros no Brasileirão Série A por país

A Argentina é o país que mais contribui com a lista acima, com 21 profissionais. Em seguida aparecem Uruguai (14), Colômbia (13), Equador (8), Portugal (5), Chile (3), Venezuela (3), Peru e Estados Unidos (1).

Os cinco portugueses ocupam cargos de técnico no Brasil e a lista poderia ser maior se Paulo Sousa não tivesse sido demitido do Flamengo. Também podemos citar Fábian Bustos, que deixou recentemente o Santos.

Além disso, com a janela de transferências aberta, não será surpresa se a lista de nomes aumentar, principalmente em relação a novos atletas do exterior.

Limite de estrangeiros no futebol brasileiro

Um lado importante é que nas competições nacionais existe o limite de até cinco atletas de fora do país na lista de relacionados para o jogo, entre titulares e jogadores no banco de reservas. Isso se aplica inclusive em competições nacionais, com a Copa do Brasil e Brasileirão Série A.

Por outro lado, essa restrição não existe nas competições continentais, como Copa Libertadores e Sul-Americana.

Diferença de gestão

Alguns dirigentes já têm bem claro a opção deter em seu elenco profissionais estrangeiros, sejam jogadores ou membros da comissão técnica. Abaixo temos duas declarações de dirigentes do Brasileirão Série A.

“Atualmente, o elenco do Internacional conta com atletas de três países diferentes. O Colorado sempre recebeu bem os jogadores vindos de nações vizinhas e creio que isso não aconteça apenas por razões econômicas, mas pela evolução técnica e o retorno que isso pode gerar dentro e fora das quatro linhas”, afirma Alessandro Barcellos, presidente do Internacional.

Marcelo Paz, presidente do Fortaleza, é outro que fala sobre a contratação de técnicos estrangeiros: “Logo no momento em que o Vojvoda começou a treinar o Fortaleza, já vimos que se tratava de um método diferente do que estávamos habituados. Os atletas se sentiram bastante confortáveis e elogiaram a intensidade dos treinamentos. Em 2021, conseguimos estabelecer um estilo de jogo agressivo, mesmo com um grupo menos estrelado e diante de grandes equipes do esporte brasileiro”.

Adaptação de profissionais de fora ao futebol brasileiro

A questão do idioma, diferenças de clima, calendário e cultura são fatores que não podem ser ignorados.

“É fundamental que haja um acompanhamento próximo ao técnico estrangeiro e a comissão técnica para que a equipe fique tranquila e consiga implementar o seu trabalho. Habitualmente, o treinador chega no Brasil com os seus próprios auxiliares e é imprescindível que todos esses profissionais sejam bem atendidos para que possam se adaptar rapidamente”, afirma Júnior Chávare, diretor de futebol, que trabalhou com o técnico argentino Diego Dabove, temporada passada, no Bahia.

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