Home Automobilismo Fórmula 1: punições no GP da Áustria reabrem discussão sobre os limites da pista

Fórmula 1: punições no GP da Áustria reabrem discussão sobre os limites da pista

Prova do último domingo teve mais de 40 voltas descartadas por irregularidades apontadas por comissários e questionadas por pilotos

Fernando Cesarotti
Jornalista.

A Fórmula 1 está de folga neste fim de semana, mas o GP da Áustria, realizado no último domingo, ainda é assunto entre pilotos e dirigentes. Não pela vitória de Charles Leclerc e pela superioridade da Ferrari sobre a Red Bull de Max Verstappen, que acabou em segundo, mas pelo excesso de punições aos pilotos que cruzaram os limites da pista, de acordo com os comissários.

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais de 40 voltas foram descartadas em todo o fim de semana de acordo com decisão dos comissários. O caso mais marcante aconteceu com o outro piloto da Red Bull, Sergio Perez, no treino de classificação: sua melhor volta no Q2 foi anulada apenas depois que ele disputou o Q3, onde obteve o quarto melhor tempo; sua participação na etapa final foi cancelada e ele largou em 13º, que teria sido sua posição no Q2 sem a volta punida.

“É fácil dizer de fora ‘você precisa ficar dentro das linhas brancas’, mas quando você passa tão rápido na curva e algumas delas são um pouco cegas, você sai mais de traseira, os pneus estão desgastados, é fácil ultrapassar a linha branca. Só que você realmente ganha vantagem? Talvez sim, talvez não”, reclamou Verstappen.

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Na corrida, Sebastian Vettel, Pierre Gasly, Lando Norris e Zhou Guanyu foram punidos com 5s de acréscimo ao tempo final por terem ultrapassado os limites da pista mais de três vezes; pilotos como Lewis Hamilton e o vencedor Charles Leclerc foram advertidos após as primeiras infrações e tiveram de passar o resto da corrida com uma espécie de “cartão amarelo”.

O assunto tinha sido motivo de discussão no ano passado, quando o então diretor de provas Michael Masi avisava a cada pista quais seriam os limites e em que curvas eles seriam adotados, e as equipes reclamavam da subjetividade da regra.

Neste ano, com a entrada de Niels Wittich e Eduardo Freitas como diretores, veio a promessa de uma clareza objetiva: as linhas brancas. Desde o GP da Inglaterra, porém, o assunto voltou ao debate, que chegou ao auge com o excesso de punições na Áustria.

PUBLICIDADE

A próxima etapa, o GP da França, deve seguir com a polêmica à toda, já que o circuito de Paul Ricard tem amplas áreas de escape e zebras baixas, o que certamente fará os pilotos testarem os limites – da pista e da tolerância dos diretores de prova.

PUBLICIDADE
Better Collective