A dominância brasileira na Copa Libertadores da América tem se tornado assunto não apenas por aqui, mas também nos outros países da América do Sul. Porém, enquanto jornalistas, torcedores e pessoas ligadas ao futebol tentam pensar em maneiras de reduzir o poder do Brasil nas competições continentais, a Conmebol, que gere o futebol por aqui, já sabe o que não fazer.
Segundo jornalista Martin Fernandez, em sua coluna no jornal O Globo, a Conmebol não vai retirar vagas do país na Libertadores.
“Não há o que a Conmebol possa fazer a respeito. Reduzir o número de vagas do Brasil nos torneios seria um tiro no pé do ponto de vista comercial, algo que nem os demais países permitiriam”, disse Martín Fernandez, que logo explicou.
“No mais, a entidade já distribui recursos sem levar em conta a origem dos times. Obviamente os resultados esportivos são respeitados: quem vai mais longe nos torneios ganha prêmios maiores. Mas um clube boliviano ganha o mesmo que um brasileiro na fase de grupos, por exemplo, ainda que as TVs do Brasil paguem muito mais para transmitir a Libertadores. E o mercado interno brasileiro cresce numa velocidade impossível de ser acompanhada pelos demais países.”
Brasil pode ter até nove times na Copa Libertadores
Atualmente, são cinco vagas diretas: quatro dos primeiros colocados do Brasileirão e um do campeão da Copa do Brasil. Além disso, outros dois vão para a fase prévia da Libertadores. Em caso de títulos da Libertadores e da Sul-Americana, as vagas aumentam e podem chegar a nove brasileiros no principal torneio da América do Sul.
Na edição de 2022, foram oito clubes brasileiros na fase de grupos: Palmeiras, Corinthians, Red Bull Bragantino, Flamengo, Atlético-MG, América-MG, Fortaleza e Athletico Paranaense. Apenas o Fluminense, que foi para a fase prévia, caiu antes de entrar na etapa seguinte da Libertadores.

