Após uma tumultuada saída do Sport Recife depois de apenas quatro partidas na beira do campo, o técnico Lisca chegou oficialmente ao Santos nesta quinta-feira e já concedeu coletiva de imprensa. Ele admitiu que se motivou bastante com o DNA santista de sempre promover o lançamento de garotos e usar bastante as categorias de base.
Mas, nesse sentido, Lisca repetiu uma frase dita em coletiva recente do atual treinador gremista Roger Machado, que disse que os garotos não podem ser tratados como solução, mas como “esperança”:
“Os meninos precisam jogar em uma equipe forte e equilibrada. Que o Santos controle o jogo. E a soma das características dele melhore o nosso jogo. Vou usar uma frase do Roger, lá do Grêmio, que eu ouvi, gostei e concordo totalmente: o jovem em um time de futebol não pode ser solução, tem que ser esperança”, comentou.
Lisca lembra Mancini no Grêmio
Sobre a sua escolha de deixar o Sport, Lisca citou não ser o único a fazer isso e mencionou Vagner Mancini no Grêmio em 2021, que deixou o América-MG e neste ano voltou para o próprio Coelho, onde permanece até então.
“A banca paga e recebe. O futebol brasileiro precisa evoluir muito isso. É a primeira vez que faço isso (sair logo de um clube). Tinha como premissa de carreira não fazer. Mas a experiência me mostrou que, muitas vezes, a decisão de permanecer é equivocada. Vi isso no Dorival agora. Tem o Mancini. Saiu do América, foi pro Grêmio e voltou pro América. Rebaixado com o Grêmio e todo mundo, quando ele saiu do América, chamava de ‘mercenário’. E ele está lá no clube fazendo um belo de um trabalho, maravilhoso. Acho que isso é corriqueiro na nossa carreira”, acrescentou Lisca.
A estreia de Lisca no comando do Peixe será no próximo domingo, fora, diante do Fortaleza, às 19h.
