Allianz Parque: um estádio de futebol ou uma casa de shows? Depois de mais um atropelo de 5 a 0 contra o fraco e abatido Cerro Porteño, o Palmeiras segue quebrando recordes e encantando até mesmo torcedores dos seus rivais históricos.
Nas mídias sociais os torcedores mais fanáticos pelo clube pedem que o gol de bicicleta do Rony concorra ao Prêmio Puskás. Já outros seguidores são mais comedidos e colocam o gol na prateleira dos golaços.
Porém, o que mais impressiona não é o previsível barulho da torcida que canta e vibra e sim os elogios dos seus principais rivais, que a cada dia esfarelam suas críticas, deixam a rivalidade de lado e se rendem ao futebol apresentado pelo Verdão.
Confira o gol de bicicleta do Rony:
A última surpresa foi dada pelo carismático Vampeta, ídolo e torcedor corinthiano, que disse as seguintes palavras durante o debate no canal de esportes da Jovem Pan no Youtube: “…quando ele (Rony) fez o gol de eu até vibrei. Vibrei por ele que insiste a tanto nesse gol de bicicleta…”, finalizou.
No total, antes de atingir o gol de bicicleta tão esperado, tanto o Rony como os torcedores do Palmeiras tiveram que lidar com 17 tentativas mal sucedidas. Isto prova que o trabalho duro e a persistência podem refinar até mesmo o que é rústico, da mesma forma que com trabalho e dedicação uma pedra bruta pode se tornar um diamante.
Em entrevista à ESPN, Rony deu a seguinte declaração: “Sobre o gol de bicicleta, eu já estava tentando há muito tempo, todo mundo sabe. Eu falei que, quando fizesse esse gol, ia comemorar com a torcida, pois recebi muito apoio. Então, eu dedico esse gol à minha família, primeiramente ao meu filho, e a todos os torcedores que me apoiaram e me incentivaram a continuar fazendo”.
Na coletiva de imprensa o técnico Abel Ferreira disse: “Olha, vou dar os parabéns pelo gol que fez, que é magnífico. Mas vou pegar a imagem desse gol e dizer que esse é o reflexo da nossa equipe: tentar, tentar e tentar. É tentar até conseguir, mesmo que os outros zoem”. O técnico complementou sua afirmação ao dizer que ninguém irá tirar o camisa 10 da equipe titular do Verdão.
A grande questão que fica é a seguinte: a campanha de 33 gols na Libertadores (até aqui_ com 4,12 gols de média por partida é apenas consequência do trabalho excepcional de Abel Ferreira ou as críticas que recebeu por ser um técnico retranqueiro ajudaram a motivar o técnico e os jogadores a terem esta fome insaciável por gols?
Enquanto não existe consenso de qual é a mágica por trás de tantos golaços, conquistas e goleadas, o Palmeiras segue fazendo história e consolidando cada vez mais o rótulo dado por Ademir da Guia, que disse anteriormente em outra ocasião: “Bem-vindos à terceira Academia”.

