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Galtier revela alerta do presidente do PSG sobre grupo do time

Al-Khelaïfi comunica ao treinador do Paris Saint-Germain sobre problemas constantes no vestiário do clube

Luciano Ferreira
Luciano Ferreira é um jornalista graduado no Instituto de Ciências Sociais e Comunicação (ICSC) da Universidade Paulista - UNIP desde 2021. Atuou anteriormente na cobertura de futebol e basquete na agência Wecel Mídia. Atualmente trabalha como redator de esportes no Torcedores.com.

Christophe Galtier concedeu entrevista ao L’Equipe e revelou o alerta que recebeu do presidente do PSG, Nasser Al-Khelaïfi. O treinador destacou que há, no vestiário, certos problemas que ele pode ou não vir a intervir. O conjunto parisiense aposta nos trabalhos de Galtier e de Luís Campos para buscar o comprometimento do grupo. Aviso do mandatário se relaciona justamente ao compromisso das estrelas da equipe de Paris.

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Segundo o L’Equipe, problemas relacionados às indisciplinas se tornaram comuns. Por isso, no PSG, debates acerca deste tema se tornaram essenciais e recorrentes. Além disso, destaca que é a indisciplina que levou a equipe a infelizes “consequências esportivas”, como as dolorosas eliminações na Champion League.

Mediante isso, exemplifica o caso Aurier diante do Chelsea em 2016, os atrasos na convocação no Parque dos Príncipes para receber o Manchester United em 2019 na Champions, que culminaram na eliminação dos parisienses.

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Portanto, o jornal questiona o técnico do PSG se ele já recebeu um aviso acerca do tema. Galtier destaca que é um alerta constante, e um dos problemas que mais preocupa Al-Khelaïfi. Por isso, que o assunto das conversas do presidente tem sido só um: a indisciplina existente no vestiário.

“Este é um assunto sobre o qual meu presidente tem insistido muito: disciplina em grupo”, disse Galtier.

Problemas de vestiário preocupam Galtier

Galtier compara os problemas que enfrentou no Saint-Étienne, Lille ou Nice, com os que enfrentará no PSG. Uma vez que nos clubes anteriores, o comandante lidou com jovens, mas agora tem que lidar com estrelas mundiais, como Neymar, Messi e Mbappé. Portanto, aponta que são “ecos diferentes”.

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“Tem um eco internacional. (Faz uma pausa.) Haverá regras de vida que serão colocadas em prática, que apresentarei ao grupo. Haverá coisas negociáveis, outras inegociáveis. Vou trocar com os jogadores porque é necessário levar em conta as obrigações dos jogadores; mas regras muito precisas terão que ser respeitadas. Eles terão que se comprometer. E, quem quer que seja o jogador, se ele não tiver nenhuma razão válida para não respeitá-las, ele ficará sozinho. Isso vai acontecer naturalmente. Também não estamos no exército. Nunca tomarei uma decisão sem levar em conta as opiniões de ambos os lados. O mais importante é que eu seja seguido pelo meu presidente e minha gestão esportiva“, avaliou Galtier.

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Além disso, acrescentou: “Um vestiário precisa de justiça e a justiça é válida para todos.” Ou seja, todos terão um tratamento igual se falhar com o comprometimento.

Tentativa de disciplinar o elenco do PSG custou caro a Leonardo

Diante das palavras de Galtier, o L’Equipe lembra o treinador que o último comandante que tentou disciplinar o vestiário do Paris Saint-Germain, foi Leonardo; mas fracassou.

“O último executivo parisiense que provocou o vestiário foi Leonardo, após o aniversário dos sul-americanos, em fevereiro de 2020. Isso o ‘iscou’ do grupo”, disse o repórter do jornal.

“Estamos conversando há 40 minutos e estamos em algo incrível, disciplina em grupo, que é a base do sucesso”, contestou o técnico do PSG.

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Por que não é bem aceito na equipe de Paris?

Por fim, o jornal de Paris destaca a Galtier que sua chagada ao PSG não é unânime entres os parisienses. Isso porque a torcida esperava um técnico com mais bagagem na Europa, como o Zidane, por exemplo.

“Entendo que há esse debate sobre a minha legitimidade, especialmente porque na Liga dos Campeões com o Lille, tivemos uma sequência ruim (1 ponto na fase de grupos em 2019/20). Mas essas seis partidas me servirão. Depois disso, não sou o portador padrão dos treinadores franceses. Cabe a mim mostrar que sou capaz de estar à frente de um exército de grandes jogadores. Se eu não tivesse me sentido capaz de assumir essa pressão, eu estaria em outro lugar”, respondeu o francês, técnico do PSG.

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