Neste sábado (2), Vítor Pereira sofreu sua pior derrota no comando do Corinthians, com um resultado de 4 x 0 para o Fluminense, na 15ª rodada do Brasileirão Série A. Em entrevista coletiva, ele mostrou sua insatisfação pelo resultado, mas fez questão de elogiar a postura do adversário.
“Eu não me recordo, na minha carreira, de uma derrota assim. Mas foi justa pelo que aconteceu em campo. Nós priorizamos o jogo contra o Boca. Sabíamos dos riscos, sabíamos que juntando a maioria dos jogadores que não têm tido oportunidade, com falta de ritmo, com alguns miúdos… Pegando um Fluminense bem trabalhado, que está fresco, na máxima força, sabíamos que o risco era grande. Sabíamos que cometeríamos erros, como cometemos.
É uma derrota pesada, que nos custa muito. Mas a corda estica, estica, estica, e chega um dia em que arrebenta. Contra fatos, não há argumentos. Para esse jogo, não tínhamos argumentos para enfrentar uma equipe com o nível do Fluminense”, declarou Vítor Pereira.
Principais dificuldades contra o Fluminense
Vítor Pereira mais uma vez teve que mudar a escalação do Timão, mas dessa vez muito mais por conta de jogadores lesionados do que pelo rodízio de atletas, algo que ele vem mudando nos últimos jogos. Esse fato também foi pontuado na coletiva.
“Essencialmente, acho que a qualidade da equipe adversária (foi o maior problema). Depois, jogadores que têm jogado pouco misturados com jovens, que não têm muita ligação entre eles, além dos treinos. Tentamos colocar um ou outro jogador para dar um pouco de tranquilidade para a equipe, mas só podíamos arriscar 45 minutos, senão acumularíamos tempo, que nos afetaria contra o Boca.
É uma junção de tudo. Da qualidade do adversário, que eu gostei muito. Para jogar contra eles, tínhamos que ficar com a bola, e com as características dos jogadores que tínhamos em campo, não fomos capazes. Quando ganhávamos a bola, tentamos acelerar. Mas não posso apontar nada dos jogadores, tentaram de tudo, mas não foram capazes.”
Confira outros trechos da coletiva de Vítor Pereira
Corinthians pode ser campeão brasileiro?
“No meu ponto de vista, há muitos clubes com mais argumentos em quantidade e qualidade. Se estivermos com todos disponíveis, podemos andar ali. Só o Brasileirão e todos disponíveis, podemos disputar. Se tivermos mais de uma competição, com novos jogadores de fora, o Jô que saiu, foram dez, é uma equipe completa. Não temos os argumentos e nem as soluções que tínhamos quando cheguei”.
Confronto contra o Boca Juniors
“Não temos que ficar falando dessa derrota apenas. São três pontos recuperáveis. O próximo jogo não é, não tem como recuperar. Então já temos que focar no próximo jogo. Vamos ver quais os jogadores disponíveis. Espero recuperar alguns deles para nos apresentarmos competitivos contra o Boca.
Vamos viajar agora, amanhã (domingo) tenho treino, aí teremos uma reunião com o departamento médico para entender. Algum ou outro vai ser mesmo quase até a hora do jogo para perceber se podem ir ou não para o jogo.”
Atuação de Giovane
“No início, quando começamos a ter mais bola, levamos na transição. Tentamos pressionar, mas eles saíram da pressão. Levamos o terceiro quando estávamos sendo mais protagonistas, tentando o 2 a 1, mas levamos em uma transição de qualidade. O quarto já e um gol que foi quase oferecido, foi demérito nosso, não podíamos perder a bola ali. Neste contexto, acho que ele fez um bom jogo”.
Problemas físicos do elenco
“Vamos tendo lesionados, lesionados, as opções vão diminuindo, diminuindo, e vai acumulando em um calendário absurdo. Quem anda com todas as competições? É uma coisa absurda. Eu não imaginei que fosse possível, mas nesse país é possível. Quem disputa todas começa a ter problemas. As lesões começam a aparecer em jogadores que não imaginávamos antes, como o Du Queiroz. Ele tem que jogar a cada três dias, sem parar, então lesiona. Iria chegar um dia como hoje, quando precisávamos ter jogadores frescos para pressionar, para ter a bola, mas não temos.”

