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Fifa faz mudança drástica nas regras do futebol nas categorias de base

Nova medida que será implementada da categoria sub-12 para baixo pode até chegar ao futebol profissional; confira

Mário André Monteiro
Jornalista com passagens por Portal iG, Fox Sports e Osasco Audax. Atualmente editor na Jovem Pan News e no Alemanha FC (http://www.alemanhafc.com.br). No Twitter: @alemao_mario e no Instagram: @marioalemao

A Fifa, através da IFAB (International Football Association Board), associação que estabelece as leis do futebol, fez uma mudança drástica na regra do esporte nas categorias de base.

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Em documento enviado às confederações nacionais de todo mundo, a Fifa recomendou que jogadores de até 12 anos de idade vinculados aos clubes sejam proibidos de cabecear a bola durante os treinamentos e também partidas.

Essa alteração é uma determinação médica que tem o intuito de reduzir as concussões no futebol. Em alguns lances deste tipo, são causadas lesões cerebrais após pancadas na cabeça.

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No texto, a Fifa sugere o veto ao “cabeceio de forma intencional” em jogos de categorias sub-12 e inferiores. Nesses casos, os árbitros serão orientados a parar a jogada e assinalar falta em dois lances.

Se o jogador encostar a cabeça na bola sem ter a intenção, o jogo segue normalmente. Só será anotada falta se houver cabeceio de forma intencional.

A International Board ressaltou que essa mudança na regra é válida apenas para crianças, já que “seu corpo, cérebro e habilidades motoras ainda estão em desenvolvimento e talvez não tenham a força física nem a experiência necessária para minimizar possíveis riscos”.

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No Brasil

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Em entrevista concedida ao site “Lei em Campo”, o diretor médico da CBF, Jorge Pagura, que é neurocirurgião, disse que a entidade está atenta para essas modificações.

“Precisamos analisar essa recomendação da IFAB e a sua aplicação na prática. Em relação à CBF, nossas competições que se iniciam com a Liga de Desenvolvimento, a faixa etária mínima para participar é de 13 anos, portanto fica de fora dessa recomendação”, afirmou.

“Nós precisamos receber oficialmente da Fifa e da IFAB as normas dessa recomendação. Já estamos conversando com as competições e arbitragem. Precisaremos da avaliação do departamento jurídico da CBF se poderemos ou não determinar o cumprimento dessa norma da IFAB em estruturas privadas ou somente comunicar a recomendação”, continuou.

“Eu, pessoalmente, sou totalmente favorável que a medida se estenda. Como fazer isso ainda não sabemos, precisa ser criteriosamente e juridicamente avaliado”, finalizou o médico.

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Medida já usada lá fora

Os Estados Unidos foram pioneiros nesta recomendação. Desde 2015, o país já proíbe o cabeceio em treinos e partidas para crianças menores de 11 anos.

Além dos EUA, ligas infantis de Inglaterra, de países nórdicos e da Argentina também adotam a restrição ao cabeceio intencional em treinamentos e jogos de base.

Todos os campeonatos que já proíbem essa jogada devem enviar relatórios à IFAB, que seguirá avaliando os resultados. Em último caso, dependendo dos dados da pesquisa, essa regra pode até chegar ao futebol profissional.

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