Mesmo passando por uma grave crise financeira que, inclusive, fez com que o argentino Lionel Messi partisse para o PSG no ano passado, o Barcelona conseguiu se reforçar com bons nomes para a temporada 2022/2023.
Mas isso só foi possível por conta de uma atitude que o presidente Joan Laporta tomou: ele vendeu 25% da Barça Studios à empresa Socios.com por 100 milhões de euros.
Barça Studios é a produtora própria de conteúdo audiovisual do Barcelona.
Em entrevista concedida ao jornal norte-americano “The New York Times”, Laporta admitiu que essa operação foi uma necessidade: “Foi uma decisão que, honestamente, eu não queria tomar”, comentou o mandatário.
“É uma exigência. Não sou jogador, corro riscos calculados”, disse Laporta, assegurando que a negociação da venda dessa fatia do estúdio se tratou de um acordo premeditado, não uma ação temerária.
Dinheiro para inscrever os reforços
Segundo Joan Laporta, essa alavanca financeira permitirá que clube catalão inscreva os cinco reforços que contratou até agora, além de promover as renovações de contrato de Sergi Roberto e Ousmane Dembélé, sem ferir o Fair Play Financeiro do Campeonato Espanhol
Os jogadores contratados pelo Barcelona nesta janela de transferências foram os atacantes Raphinha e Robert Lewandowski, o meio-campista Franck Kessié e os zagueiros Jules Koundé e Andreas Christensen.
Para registrar todos esses nomes no sistema de LaLiga, o Barça precisava aumentar as receitas ou diminuir os seus gastos. Até porque o saldo do teto salarial estava negativo em 144 milhões de euros.
O Barcelona segue em busca de novos reforços e negocia a contratação dos laterais espanhóis César Azpilicueta e Marcos Alonso, ambos do Chelsea, além de também manter conversas com Bernardo Silva, meia português do Manchester City.
A diretoria também pretende se desfazer de alguns atletas, como Samuel Umtiti, Martin Braithwaite, o goleiro brasileiro Neto e Frenkie de Jong.