O Estado do Rio de Janeiro voltará a sorrir com o automobilismo. Foi apresentado na última quinta-feira (11), o projeto Itatiaia Motor Park, no Itatiaia Resort & Eventos. A iniciativa tem como objetivo trazer um novo autódromo para o Rio de Janeiro.
O parque será construído em um terreno de 770.000 m² e abrigará um kartódromo, várias pistas de off road e um circuito oficial para provas de automobilismo e motociclismo.
Estiveram presentes no evento o prefeito de Itatiaia, Irineu Nogueira, o vice prefeito e secretário de turismo Denilson Sampaio, o presidente da Câmara Municipal Thiago Rodrigues Moreira, o presidentes da Federação de Motociclismo do Estado do Rio de Janeiro (FEMERJ), Evandro Feu e o presidente da Federação de Automobilismo do Estado do Rio de Janeiro (FAERJ), Djalma Neves.
O projeto é do arquiteto e ex-piloto, João Mendes, que correu em várias modalidades do motociclismo e do automobilismo. A direção esportiva fica a cargo de Julio Caio Azevedo Marques, que atuou em organizações de provas da Fórmula 1 e da Fórmula Indy.
Previsões para o Itatiaia Motor Park
É previsto o investimento de R$ 70 milhões em obras de infraestrutura, onde serão desenvolvidos os circuitos que atenderão as mais variadas modalidades do automobilismo e motociclismo. O prazo para a conclusão da primeira etapa é de 18 meses, a partir de agosto de 2022.
De acordo com o release fornecido para a imprensa, o Itatiaia Motor Park contará com parceiros da inciativa privada. Estima-se a geração de 520 empregos diretos e 2.500 indiretos.
A inauguração está prevista para o segundo semestre de 2022, com um torneio que reunirá o motocross e o velocross. Na sequência, o Itatiaia Motor Park receberá uma etapa da Utility Task Vehicle (UTVs), que é uma categoria off road que tem ganho adeptos e entusiastas no Brasil.
Paralelamente ao mundo da velocidade, o local também contará com atividades culturais ao longo do ano. São previstos festivais, exposições de automóveis antigos e encontros motociclísticos no espaço. A ideia é transformar a cidade de Itatiaia em um novo polo turístico para o Estado do Rio de Janeiro.
Rio de Janeiro sem Autódromo
A ausência de um circuito carioca é um grande obstáculo para os amantes da velocidade. O antigo autódromo Nelson Piquet, em Jacarepaguá, chegou a sediar grandes eventos durante os anos de 1980 e 1990, entre estes, Fórmula 1, Fórmula Indy, MotoGP e Stock Car.
A principal categoria do automobilismo mundial esteve presente no Rio de Janeiro em 11 ocasiões. A última etapa da Fórmula 1 aconteceu em 1989 e teve como vencedor o inglês Nigel Mansell, na ocasião piloto da Ferrari. Enquanto o Leão subia no degrau mais alto do pódio, o francês Philippe Streiff lutava pela vida no mesmo final de semana. O piloto sofreu um grave acidente durante os treinos e o atendimento precário no autódromo contribuiu para suspender a Fórmula 1 do Rio de Janeiro. Sreiff ficou tetraplégico.
Nos anos de 1990 foi a vez da Fórmula Indy chegar a cidade maravilhosa. Foi construído um circuito oval tendo como base a reta oposta do autódromo de Jacarepaguá e este projeto ganhou o nome do piloto Emerson Fittipaldi. A Rio 400 esteve no calendário por cinco anos e em sua estreia contou com a vitória do brasileiro André Ribeiro, em 1996.
Os jogos olímpicos e a especulação imobiliária contribuíram para decretar o fim do autódromo Nelson Piquet. No local foi construído a Vila Olímpica, que abrigou as mais variadas delegações da Rio 2016. Atualmente, o espaço é um grande complexo residencial conhecido como Ilha Pura.
Outras alternativas foram cogitadas no Estado. O polêmico autódromo de Deodoro, na Vila Militar, não obteve licença ambiental para ser construído. Por outro lado, a Stock Car inovou e levou uma de suas etapas para o Aeroporto Tom Jobim, onde foi improvisado um circuito nas pistas de pouso e decolagem. Esse projeto seguiu os moldes do antigo autódromo de Cleveland, que recebia a Fórmula Indy nos anos de 1990.
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