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Rio de Janeiro terá um autódromo na cidade de Itatiaia

Itatiaia Motor Park reunirá as mais variadas categorias do automobilismo e do motociclismo; o espaço também contará com eventos culturais

Bruno Bravo Duarte
Bruno Bravo Duarte é um jornalista que atua como editor, redator e repórter há mais de dez anos. Formado em Comunicação Social com habilitação em jornalismo pela Universidade Estácio de Sá em 2004, teve passagens por EQI Investimentos, Naspistas.com, Jornal Povo, Jornal do Rock e Niterói TV. Atualmente no Torcedores.com

O Estado do Rio de Janeiro voltará a sorrir com o automobilismo. Foi apresentado na última quinta-feira (11), o projeto Itatiaia Motor Park, no Itatiaia Resort & Eventos. A iniciativa tem como objetivo trazer um novo autódromo para o Rio de Janeiro.

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O parque será construído em um terreno de 770.000 m² e abrigará um kartódromo, várias pistas de off road e um circuito oficial para provas de automobilismo e motociclismo.

Estiveram presentes no evento o prefeito de Itatiaia, Irineu Nogueira, o vice prefeito e secretário de turismo Denilson Sampaio, o presidente da Câmara Municipal Thiago Rodrigues Moreira, o presidentes da Federação de Motociclismo do Estado do Rio de Janeiro (FEMERJ), Evandro Feu e o presidente da Federação de Automobilismo do Estado do Rio de Janeiro (FAERJ), Djalma Neves.

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O projeto é do arquiteto e ex-piloto, João Mendes, que correu em várias modalidades do motociclismo e do automobilismo. A direção esportiva fica a cargo de Julio Caio Azevedo Marques, que atuou em organizações de provas da Fórmula 1 e da Fórmula Indy.

Previsões para o Itatiaia Motor Park

É previsto o investimento de R$ 70 milhões em obras de infraestrutura, onde serão desenvolvidos os circuitos que atenderão as mais variadas modalidades do automobilismo e motociclismo. O prazo para a conclusão da primeira etapa é de 18 meses, a partir de agosto de 2022.

De acordo com o release fornecido para a imprensa, o Itatiaia Motor Park contará com parceiros da inciativa privada. Estima-se a geração de 520 empregos diretos e 2.500 indiretos.

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A inauguração está prevista para o segundo semestre de 2022, com um torneio que reunirá o motocross e o velocross. Na sequência, o Itatiaia Motor Park receberá uma etapa da Utility Task Vehicle (UTVs), que é uma categoria off road que tem ganho adeptos e entusiastas no Brasil.

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Paralelamente ao mundo da velocidade, o local também contará com atividades culturais ao longo do ano. São previstos festivais, exposições de automóveis antigos e encontros motociclísticos no espaço. A ideia é transformar a cidade de Itatiaia em um novo polo turístico para o Estado do Rio de Janeiro.

Rio de Janeiro sem Autódromo

A ausência de um circuito carioca é um grande obstáculo para os amantes da velocidade. O antigo autódromo Nelson Piquet, em Jacarepaguá, chegou a sediar grandes eventos durante os anos de 1980 e 1990, entre estes, Fórmula 1, Fórmula Indy, MotoGP e Stock Car.

A principal categoria do automobilismo mundial esteve presente no Rio de Janeiro em 11 ocasiões. A última etapa da Fórmula 1 aconteceu em 1989 e teve como vencedor o inglês Nigel Mansell, na ocasião piloto da Ferrari. Enquanto o Leão subia no degrau mais alto do pódio, o francês Philippe Streiff lutava pela vida no mesmo final de semana. O piloto sofreu um grave acidente durante os treinos e o atendimento precário no autódromo contribuiu para suspender a Fórmula 1 do Rio de Janeiro. Sreiff ficou tetraplégico.

Nos anos de 1990 foi a vez da Fórmula Indy chegar a cidade maravilhosa. Foi construído um circuito oval tendo como base a reta oposta do autódromo de Jacarepaguá e este projeto ganhou o nome do piloto Emerson Fittipaldi. A Rio 400 esteve no calendário por cinco anos e em sua estreia contou com a vitória do brasileiro André Ribeiro, em 1996.

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Os jogos olímpicos e a especulação imobiliária contribuíram para decretar o fim do autódromo Nelson Piquet. No local foi construído a Vila Olímpica, que abrigou as mais variadas delegações da Rio 2016. Atualmente, o espaço é um grande complexo residencial conhecido como Ilha Pura.

Outras alternativas foram cogitadas no Estado. O polêmico autódromo de Deodoro, na Vila Militar, não obteve licença ambiental para ser construído. Por outro lado, a Stock Car inovou e levou uma de suas etapas para o Aeroporto Tom Jobim, onde foi improvisado um circuito nas pistas de pouso e decolagem. Esse projeto seguiu os moldes do antigo autódromo de Cleveland, que recebia a Fórmula Indy nos anos de 1990.

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