Jorge Sampaoli enalteceu o futebol brasileiro no “Bem, Amigos!” desta segunda-feira (22), mas apontou o principal erro que pode ser cometido no Brasil. Para o argentino, tentar se “europeizar” é um grande problema. Ele avaliou Neymar e argumentou que o camisa 10 do PSG e seleção precisa ter a criatividade priorizada ao invés da intensidade.
“O Brasil sempre vai ter qualidade. Se tenta se ‘europeizar’ o jogo aqui, com dois toques, campo reduzido e tudo mais, se iguala ao futebol de lá e todos jogam igual. Quando o condutor é o talento, obrigando o talento a ter responsabilidade, não se vai ter o melhor. Não podemos obrigar um brasileiro a ter intensidade, ele vai ter criatividade. Neymar tem muita criatividade e não se pode cobrar intensidade”, analisou.
Neymar está em grande fase no PSG. Artilheiro (5) e líder de assistências no Campeonato Francês (6), o camisa 10 assume o protagonismo ao lado de Lionel Messi e Kylian Mbappé. Depois dos problemas com o jovem jogador francês, por conta de cobranças de pênaltis, o brasileiro parece ter resolvido as questões de bastidores. No domingo (21), a equipe de Paris goleou o Lille por 7 a 1, com show do trio ofensivo.
Esse bom momento anima para a Copa do Mundo. O Brasil terminou as Eliminatórias Sul-Americanas de forma invicta e entra para o Mundial entre os grandes favoritos. Neymar é uma das esperanças e apresenta um jogo mais maduro e cerebral para conduzir os jovens brasileiros, que conta com talentos como Vinícius Júnior, Rodrygo, Antony, Raphinha, Lucas Paquetá, Gabriel Jesus e outros.
Sampaoli fala sobre o Fluminense de Dinz e Ganso
Campeão da Copa América com o Chile, Sampaoli teve passagens por Santos e Atlético-MG. Muito próximo do futebol brasileiro, ele falou sobre o momento do Fluminense de Fernando Diniz e relembrou quando trabalhou com Paulo Henrique Ganso no Sevilla, da Espanha. O argentino se responsabilizou pelo fato do meia brasileiro não ter dado certo na Europa.
“A responsabilidade é minha. A realidade é que a vezes temos a urgência. Era minha primeira passagem na Europa. Tinha (cobrança por) prêmio, tinha necessidade. Teve uma partida difícil para ele contra o Real Madrid, e ele tinha que se sacrificar um pouco para acompanhar o lateral, e tem decisões do treinador que atentam contra o jogador e acabam apagando o jogador”, disse Sampaoli.

