O meia-atacante Willian, do Corinthians, em prévia de entrevista concedida ao podcast 90+3, da Conmebol, pediu o fim da impunidade no futebol brasileiro. Segundo ele, enquanto os responsáveis por agressões e ataques a delegações antes de jogos não forem punidos, nada vai mudar no Brasil.
“A gente vê situações no Brasil que nos deixa um pouco receosos de voltar. A cada semana acontece algo que é inadmissível. Torcedor invade campo pra bater no jogador, taca pedra no ônibus e quase cega o jogador, torcedor invade o CT com jogador fazendo tratamento. Essas coisas acabam atrapalhando muito o futebol brasileiro”, disse Willian, que já registrou boletins de ocorrência por ter sofrido ameaças de torcedores.
“Não pode ficar calado. Nós jogadores temos que estar unidos para combater esse tipo de violência. Vão esperar até quando para tomar providência? Só campanha não basta, tem que punir os torcedores, não entrar no estádio, acabar até punindo o clube, jogar sem torcida, alguma coisa tem que ser feita nesse sentido.”
Willian disse que não vai se calar
O jogador do Corinthians revelou que não foi alvo de racismo durante os jogos, mas que sente a revolta dos atletas e defende o posicionamento de quem sofre discriminação.
“Nunca tive, mas tem jogadores que tem receio. Tanto para o racismo, quando recebe ameaça, todo tipo de intolerância e ódio. Tem jogador que tem receio de falar, de protestar. É revoltante, realmente”, admitiu o camisa 10 do Corinthians, que seguiu.
“Vou sempre me posicionar contra isso, independente se alguém fale alguma coisa. A opinião das pessoas não vai definir meu caráter, minha lealdade, quem eu sou. Vou sempre procurar falar o que eu acho e o que é certo”, concluiu o jogador, que fez carreira na Europa atuando por Shakhtar Donetsk, na Ucrânia, além de Chelsea e Arsenal, na Inglaterra.
