Home Futebol Aranha, ex-goleiro do Santos, detona uso político da camisa da seleção brasileira: “Racistas”

Aranha, ex-goleiro do Santos, detona uso político da camisa da seleção brasileira: “Racistas”

Vítima de um episódio lembrado de racismo quando defendia o Santos em partida contra o Grêmio, o ex-goleiro se posicionou

Matheus Camargo
Jornalista formado pela Universidade Estadual de Londrina (UEL), colaborador do Torcedores.com desde 2016. Radialista na Paiquerê 91,7.

Com passagens por clubes como Santos e Atlético-MG, o ex-goleiro Aranha se posicionou mais uma vez como combatente do racismo no Brasil e falou sobre o uso político da camisa da seleção brasileira. Em sua conta do Instagram, o ex-goleiro falou sobre “racistas” que estão utilizado a camisa verde e amarela para defenderem ideais políticos.

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Ele utilizou a música “Olho de Tigre”, do rapper Djonga, e lembrou uma foto de 2021, onde um homem vestido com uma roupa que remete à Ku Klux Klan, organização abertamente racista dos Estados Unidos, participava de uma manifestação ao lado de pessoas com as roupas do Brasil. Aranha então escreveu: “Não é sobre política, é sobre racismo e racistas se apropriando da camisa da seleção e falando em nome de Deus.”

Imagem usada por Aranha foi registrada em manifestação pró-Bolsonaro em Porto Alegre, em 2021

Aranha foi alvo de um ataque racista que rodou o mundo em 2014, quando torcedores do Grêmio imitaram o som de macacos para o insultarem em jogo da Copa do Brasil em que ele defendia o Santos. Na época, diversas pessoas foram flagradas por câmeras da TV e uma mulher foi indiciado. Na época, o ex-presidente do Grêmio, Luiz Carlos Silveira Martins, o Cacalo, disse que Aranha fez “cena teatral após ouvir um gritinho”.

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Ex-goleiro disse ter sido atacado por outros jogadores

Em entrevista recente à Folha de São Paulo, Aranha disse que outros jogadores o julgaram por sua luta e disseram que ele usou a situação para se autopromover no esporte.

“Fui julgado por outros jogadores. Diziam que estava usando a situação para me promover”, lembrou o ex-goleiro em março deste ano. “De modo geral, passei a ser visto não como um jogador, mas como alguém que estava dando de vítima, de mimizento. Tudo isso porque estava falando de um assunto que incomodava.”