Em 2016/17, o PSG venceu o Barcelona por 4 a 0 na ida das oitavas de final e ficou perto de garantir a vaga. No entanto, Neymar teve uma atuação de gala no Camp Nou e comandou a virada em vitória histórica por 6 a 1. Edinson Cavani, grande referência ofensiva da equipe de Paris na ocasião, revelou em entrevsita ao “Relevo” que começou a fazer terapia após essa eliminatória.
“A primeira vez que fui fazer terapia foi depois que o Barça virou contra o PSG. Me tocou muito e tem coisas que te sobrecarregam. Em cinco minutos, tudo o que havíamos feito mudou. É um golpe tão grande, que você não pode controlar, e embora seja apenas futebol, afeta outras partes de você, com sintomas de ansiedade, suores frios, eu senti tontura ao adormecer e já estava com medo de adormecer”, explicou Cavani.
“Perguntei-me: tenho algum problema na minha cabeça? Fui ver o médico do PSG, que adoro, e ele me disse: ‘O que está acontecendo com você está acontecendo com muitas pessoas em diferentes áreas’. Percebi que não era um super-herói”, confessou o uruguaio.
Depois de comandar a virada histórica pelo Barcelona, Neymar escolheu deixar Lionel Messi e rumar para o próprio Paris Saint-Germain na temporada seguinte. Ele teve alguns problemas com Cavani, principalmente pela questão de quem seria o cobrador de pênaltis. No entanto, a relação dos dois se estabilizou e os problemas diminuíram.
O uruguaio prosseguiu refletindo: “Crescemos em uma geração com esses pais que dizem para você não chorar, que não pode relaxar ou expressar suas emoções. Como você não pode mostrar fraqueza, você é criado com uma casca que o faz pensar que é mais forte do que todos os outros”, afirmou o ex-companheiro de Neymar.
“Minha teoria é que todos nós precisamos de todos, a vida é uma roda. É mentira lutar para ser sempre o melhor. Sempre haverá alguém acima de você, que tem ou sabe mais do que você, que é mais bonito do que você”, completou o ex-PSG.

