No momento em que aceitou o convite do PSG, Christophe Galtier ficou ciente que precisaria lidar com uma grande pressão. Apesar dos bons resultados na atual temporada, o treinador teve que controlar situações incômodas envolvendo, principalmente, Mbappé. De contrato renovado, o camisa 7 assumiu o posto de cobrador de pênaltis, algo que criou um sério conflito com Neymar. Apesar disso, o comandante da equipe, mesmo elogiando a decisão de seguir em Paris, negou que o craque tenha privilégios em relação aos demais nomes do elenco.
Além disso, Galtier destacou que a relação entre Neymar, Mbappé e Messi é totalmente saudável. Isso porque cada um está ciente do papel que precisa ter em campo, motivo pelo qual todos costumam se procurar no setor ofensivo.
“Mbappé acima do clube? Está errado. Kylian tomou uma decisão difícil. Obviamente ele é apaixonado pelo PSG, mas estava de olho no Real Madrid. Agradeço pela Ligue 1, pelos jogadores, por mim“, disse à RMC Sport.
“Ele encarnou o projeto, não pode haver dúvidas, acredita o técnico. Mas quando digo que ele encarna o projeto, não é que esteja acima do clube. Kylian está no mesmo nível de todos os outros jogadores. No mesmo nível de Leo Messi, que tem uma carreira incrível, que é o maior jogador da história do futebol. Kylian está no mesmo nível de Neymar. Eles jogam juntos. Eles têm uma verdadeira relação permanente nos treinos, todos os dias. São três grandes jogadores com personalidades diferentes, idades diferentes. Eles sabem muito bem disso eles terão sucesso jogando um para o outro“, completou.
O golaço do PSG marcado por Mbappé.pic.twitter.com/3TlEo9VKkZ
— FutebolNews (@realfutebolnews) November 2, 2022
Em seu trabalho, Galtier vem priorizando o diálogo. Diante disso, o técnico ouviu Messi, Neymar e Mbappé, que explicaram a importância de seguir em campo durante os 90 minutos. Mesmo sacando os craques em algumas oportunidades, existe uma convicção que os três precisam estar juntos em momentos cruciais no PSG.
“No Japão, juntei Leo, Ney’ e Kylian. Abordei esse assunto (de jogar todas as partidas). Eles me ensinaram uma coisa: ‘Quando você quer nos tirar, é aí que o adversário está soltando (a marcação) e fica mais fácil para nós’. Eu disse a eles que haveria gerenciamento em alguns (…) Mas em algum momento, se você quer vencer, não pode tirar Messi, Neymar e Mbappé.”, relatou.

