Longe das ruas de Monte Carlo, o ex-piloto de Fórmula 1, Pedro Paulo Diniz, optou por uma vida mais simples e discreta após a sua aposentadoria no automobilismo. Atualmente, o filho do empresário, Abílio Diniz, se dedica a Fazenda da Toca, sua propriedade rural em Itirapina, São Paulo.
Além de produzir alimentos orgânicos no local, Pedro Paulo atua com homeopatia veterinária, fitoterapia, agroflorestas, entre outras práticas alternativas.
O ex-piloto fez a sua estreia na Fórmula 1 na temporadade 1995, a bordo da equipe ítalo-brasileira Forti Corse. Com o carro amarelo, Pedro Paulo conseguiu terminar o Grande Prêmio do Brasil na décima colocação e obteve como melhor resultado um sétimo lugar, no GP da Austrália, realizado em Adelaide.
O ano de 1996 trouxe uma nova perspectiva para Diniz, que conquistou o seu espaço em uma das mais tradicionais equipes da história da Fórmula 1, a Ligier. Com os franceses, Pedro Paulo marcou os seus primeiros pontos na categoria, com dois sextos lugares, na Espanha e Itália. No entanto, o que chamou a atenção foi o incidente no Grande Prêmio da Argentina, onde o brasileiro teve o seu carro incendiado devido a uma falha no reabastecimento.
“Aquele [acidente] foi o mais assustador de todos, porque eu pensei que morreria lá. Foi muito louco, porque o que passou pela minha cabeça foi a minha certeza de que não morreria em um carro de Fórmula 1, mas estava morrendo em uma bola de fogo. Eu ainda não sei como consegui me levantar, como eu sai do carro sem retirar o volante”, comentou em entrevista ao podcast, Beyond the Grid.
Nos anos de 1997 e 1998, Pedro Paulo pilotou para a Arrows. No time britânico, o brasileiro conquistou pontos nas duas temporadas, tendo como melhores resultados dois quintos lugares, em Luxemburgo (1997) e na Bélgica (1998).
As duas últimas temporadas do brasileiro foram pela equipe Sauber, nos anos de 1999 e 2000. Além de ter marcado pontos com os suíços, Diniz protagonizou outro acidente chocante, quando capotou no Grande Prêmio da Europa, realizado em Nürburgring, em 1999.
Fora das pistas, o ex-piloto ainda trabalhou com gestão no automobilismo até o ano de 2006. Diniz foi sócio de Alain Prost, na extinta Prost Grand Prix e um dos idealizadores da Fórmula Renault no Brasil.

