Em entrevista ao Podpah, Léo Moura contou bastidores do momento em que Bruno acabou sendo detido pela morte de Eliza Samudio. Inicialmente, o goleiro estaria com o grupo para a pré-temporada, mas, antes da viagem, ela acabou sendo retirado do elenco. Posteriormente, os jogadores ficaram sabendo do caso, algo que trouxe uma reação de impacto.
“A gente ia viajar para Itu, para fazer a pré-temporada. Aí dentro do ônibus uma pessoa da diretoria do clube chegou e falou que estava tudo certo para a viagem mas que o Bruno não ia viajar. Porque ele precisaria ficar para resolver uns problemas. Na hora da janta começou a pipocar a notícia na televisão (…) Quando deu a notícia foi um choque para a galera. Era um companheiro que estava no dia a dia”, disse.
Para que o crime fosse investigado, dirigentes e jogadores do Flamengo tiveram que depor sobre Bruno. Sendo assim, Léo Moura contou que a imagem do colega de equipe trouxe uma reação de abatimento por conta da situação.
“Fomos na delegacia. Tinha um corredor e as celas e disseram que o Bruno estava sentado. O cara disse que era melhor não (ver), que iria ser ruim para vocês (jogadores) e para ele. Vocês já vão ver ele lá dentro.“, afirmou.
“Chegou uma intimação para gente (profissionais do Flamengo) depor. Eu, que era o capitão, a Patrícia Amorim, que era presidente, o Zico, diretor na época e o Paulo Victor, dono da casa. Os advogados dele solicitaram isso para a gente relatar o dia a dia dele nos treinos na Gávea. Quando eu vi ele sentado de cabeça baixa, parecia que tinha dez caminhão de cimento nas minhas costas. O cara era meu companheiro de trabalho. Foi uma das piores sensações que se pode imaginar”, completou.
Condenado pela Justiça, Bruno recebeu uma sentença de 22 anos e três meses de prisão. Ainda que tenha tentado voltar ao futebol, o crime motivou protestos em torno de sua contratação por clubes do Brasil. Dessa forma, Léo Moura relembrou que o ex-colega de Flamengo esteve cotado para jogar no Milan e fazer parte da seleção.
“Ele tinha um potencial absurdo, era cotado para ir pro Milan e para a Seleção Brasileira. A gente olhava um para o outro e não acreditava. Até o pessoal digerir, ele era um companheiro nosso”, comentou.
Goleiro Bruno ganha liberdade condicional e não tem mais restrição de horário nas ruas.
— Mundo da Bola (@mundodabola) January 14, 2023
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