O Corinthians perdeu a classificação para as semifinais do Campeonato Paulista nos pênaltis para o Ituano, uma equipe que na fase de classificação lutou contra o rebaixamento até a última rodada. Sem Renato Augusto, o Timão conseguiu ter mais posse de bola, mas não foi capaz de transformar esse controle em gols.
Após a partida, Cássio, que defendeu um dos pênaltis do Ituano, disse que o resultado “era doloroso e sofrido”. Para ele, agora é o “momento de trabalhar ainda mais, falar pouco, se preparar para as próximas competições e evoluir”.
Róger Guedes disse que Corinthians foi “passivo”
Na zona mista, após a partida, Róger Guedes disse que o time foi muito passivo e não conseguiu dominar a partida. O atacante falou que o time não mereceu o resultado. No segundo tempo, a equipe, para ele, pressionou o adversário. Guedes acredita que o erro do Corinthians foi não conseguir dominar o Ituano no começo de jogo.
“A gente sempre joga pra cima no começo de jogo”. Para Guedes, nessa partida, o Corinthians estava “um pouco passivo e muito lento”. Para ele, o time ficou “com medo de errar no começo do jogo e pagou por isso”.
Guedes também explicou que nos treinamentos, Fagner foi um dos melhores batedores da equipe. Porém, durante a partida, o lateral errou sua cobrança de pênalti.
Para Cássio, disputa de pênaltis é algo “difícil de controlar”
Cássio também parou na zona mista e disse que a disputa de pênaltis é uma situação “difícil de controlar”. O goleiro voltou a falar que a eliminação era muito dolorida. Cássio também falou que Fagner cobrou o pênalti para preservar Pedrinho, que “é um menino de 17 anos”. Para o goleiro, Fagner se comportou como um líder por essa razão.
O goleiro também disse que Renato Augusto fez falta “pela qualidade dele e visão de jogo”, porém, Cássio acredita que a equipe precisa encontrar soluções quando o meia não pode jogar.
Presidente do Corinthians defende permanência de Fernando Lázaro
Duilio Monteiro Alves, presidente do Corinthians, afirmou que “em relação à permanência (de Fernando Lázaro) não é necessário” conversar com o treinador em razão de ele estar apenas há dois meses no comando da equipe. Segundo Duilio, “não existe a menor possibilidade de mudança”.
O presidente do Corinthians, disse que agora é um momento de ter muita calma, a equipe fez bons clássicos e precisa melhorar. “O Fernando vem fazendo um bom trabalho no nosso ponto de vista, na nossa avaliação”, disse o dirigente.
A dependência de Renato Augusto
O resultado mostrou um desempenho com muitos problemas sem Renato Augusto. A falta do meia, que está lesionado, deixou a equipe incapaz de de criar. O Timão teve mais troca passes, mas pouca efetividade. Um dos destaques da derrota foi Paulinho, porém, o jogador não conseguiu participar de partida inteira por estar retornando de uma lesão grave. Quando ele saiu do time, a qualidade do jogo do Corinthians que já era ruim, piorou muito.
Para os torcedores no estádio, Fernando Lázaro também demorou para fazer alterações e colocar o time para pressionar o Ituano — as primeiras trocas foram feitas aos 25 minutos do segundo tempo.
Fagner, um dos jogadores que perdeu um dos pênaltis, não jogou bem. Gil, Bruno Méndez e Fábio Santos também não fizeram uma boa partida, porém, Fagner, que é uma arma importante do jogo ofensivo do Corinthians, ficou muito abaixo na partida contra o Ituano.
Outro que não fez um bom jogo foi Roni. Muito voluntarioso, o jogador é um ótimo defensor, mas não consegue tornar o meio de campo do Corinthians mais rápido e envolvente. Róger Guedes e Yuri Alberto, sem Renato Augusto, ficaram mais isolados. Yuri conseguiu chutar uma boa na trave após um passe de Paulinho.
Adson e Giuliano provaram que são bons coadjuvantes, mas não têm a mesma capacidade de Renato Augusto para resolver a falta de criatividade no meio de campo. Ambos se movimentaram muito, mas foram poucos efetivos. Adson chegou a chutar uma bola na trave e Giuliano chegou a bater perigosamente de fora da área, mas isso é muito pouco quando o time está enfrentando uma equipe que lutou para não ser rebaixada durante toda a fase de classificação.
Assim, Fernando Lázaro levou a campo um time que teve posse de bola, mas que não teve capacidade de transformar um jogo que todos acreditavam que seria fácil em uma vitória.
Maior vexame da Neo Química Arena?
Para muitos essa derrota superou a derrota e eliminação do Paulista no jogo contra o Audax em 2016. Naquele ano, o Corinthians foi desclassificado pelo Grêmio Osasco Audax na semifinal. A diferença era que aquela equipe do Audax tinha jogadores como Camacho, Tchê Tchê, Sidão, Yuri, Bruno Silva e Ytalo e chegou à final do campeonato após uma ótima campanha, ou seja, o oposto do Ituano.
Agora, o Corinthians vai passar vários dias sem jogar, o que deve causar prejuízos para o clube, que não terá arrecadação, e colocar o clube em uma nova crise.

