O caso relativo ao suposto golpe das criptomoedas que envolveu atletas do Palmeiras teve mais um capítulo nos últimos dias, com a recusa da Justiça em aceitar um recurso do atacante Willian Bigode para desbloquear dinheiro das contas de sua empresa, uma das envolvidas no caso.
Segundo o Blog do Perrone, do Uol Esporte, a WJLC Consultoria e Gestão Empresarial teve pedido de embargos de declaração negados pelo juiz Christopher Alexander Roisin, da 14ª Vara Cível de São Paulo, por conta da ação movida pelo lateral do Palmeiras Mayke e da esposa deste, Rayanne de Almeida Janeti Oliveira, pelo dinheiro que investiram na Xland, empresa acusada do golpe em Mayke e em Gustavo Scarpa, hoje no Nottingham Forest (ING).
No recurso, a WJLC alega ‘erros’ que foram tomados quando houve uma medida de tutela antecipada quando a Justiça decidiu bloquear mais de R$ 7,8 milhões das contas desta, da Xland e de outra empresa que estaria associada a estes, a Soluções Tecnologia. Para os responsáveis pela defesa da empresa do atleta do Athletico Paranaense, o jogador também teria sido ‘vítima’ do suposto golpe feito pela corretora e que não teria feito parte do contrato no qual Mayke teria feito os investimentos.
A decisão fora recusada pelo magistrado, que levou em conta o fato de que haveria ‘relação de consumo’ entre a empresa e a família do lateral, citando a sugestão desta em fazer o investimento, quando Willian e Mayke eram colegas de Palmeiras. Além de apontar que a WJLC havia anteriormente garantido que o investimento nas criptomoedas era ‘seguro’ ao apresentar o projeto para o jogador e sua esposa.
Perrone: Justiça nega pedido de empresa de Willian Bigode contra bloqueio em contas https://t.co/aP3DPoDYQZ
— UOL Esporte (@UOLEsporte) April 11, 2023
Em comunicado, a WJLC afirmou que irá recorrer do processo, afirmando que a decisão do juiz foi ‘precária e prematura’, afirmando que esta ‘não possui responsabilidade’ sobre o dinheiro que fora investido na Xland por Mayke e Scarpa e que gerou a polêmica que levou o caso para a Justiça e a cobrança dos valores aportados pelos jogadores.
O processo movido por Mayke e a esposa contra a empresa de Willian Bigode gira em torno dos mesmos R$ 7,8 milhões, contando o valor investido (R$ 4,5 milhões) e o que estes acreditam que poderiam ter lucrado com tal investimento (R$ 3,2 milhões);

