Home Futebol Antes de investigação, Rafael Sóbis revelou envolvimento de jogadores com apostas: “Pode cair na área”

Antes de investigação, Rafael Sóbis revelou envolvimento de jogadores com apostas: “Pode cair na área”

Ex-jogador de Cruzeiro, Fluminense e Internacional apontou que manipulações estariam movimentando bastidores do futebol

Bruno Romão
26 anos, jornalista formado pela Universidade Estadual da Paraíba, amante da escrita, natural de Campina Grande e um completo apaixonado por futebol. Contato: [email protected]

Antes da operação do Ministério Público de Goiás vir à tona, Rafael Sóbis, em novembro de 2021, apontou que o esquema de manipulações estava ocorrendo no futebol brasileiro. Em entrevista ao canal Cara a Tapa, o ídolo do Internacional revelou que os bastidores estavam agitados com a possibilidade de ganhos altos com apostas. Sendo assim, caso a situação fosse investigada, ele projetou que várias pessoas seriam identificadas pelas autoridades.

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Além disso, Sóbis contou que ouviu, de atletas, que poderiam cair na área em determinados jogos para a marcação de um possível pênalti. Porém, o ex-jogador deixou claro que o esquema, conforme o que foi relatado, não envolvia árbitros, mas estava ficando cada vez mais forte.

Se eu disser que tem muitos jogadores fazendo escanteio de propósito para ganhar em casa de aposta, você acredita?“, iniciou Perrone.

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“Acredito. No meu time, não, mas eu sei que tem (manipulações). Tomara que pare na cadeia. O brasileiro não tem jeito, cara. Tá cada vez mais forte. Como que vai atrás? Não sei. Mas tem! Se for atrás, pega um monte de gente. Tá rolando. Os caras ficam atualizando toda hora no aplicativo. Eu agora posso (apostar). Conversando com alguns jogadores do Corinthians: ‘Pode cair na área’. Eu já escutei isso, mas não de juiz. Tipo: ‘Vai que hoje tá de boa’. Não posso provar. (Têm) jogadores, mas jamais falarei o nome dele”, relatou Sóbis.

No momento, nomes como Eduardo Bauermann, do Santos, Vitor Mendes, do Fluminense, e Richard, do Cruzeiro, foram afastados pelos seus respectivos clubes. Em prints obtidos de conversas, os jogadores teriam que receber cartões em determinados jogos para que os apostadores se beneficiassem do esquema. Porém, como no caso do atleta do Peixe, a situação nem sempre saia como combinado e os investigados chegavam a realizar ameaças de morte.