O lateral e meio-campista Fernando Neto, um dos jogadores citados em conversas de Whatsapp de apostadores e alvo de investigação do Ministério Público de Goiás (MP-GO) na Operação Penalidade Máxima II, teria se reunido com a diretoria do São Bernardo, seu atual clube, pouco antes de ser afastado do elenco.
Nessa reunião, segundo publicação da ESPN, Fernando Neto se defendeu e disse que devolveu os R$ 40 mil que teria recebido de aliciadores em 2022, quando atuava pelo Operário, em jogo da Série B contra o Sport. O jogador disse que foi coagido e que fingiu ter aceitado o esquema, alegando que passou a receber ameaças dos apostadores após ter devolvido o dinheiro. Segundo Fernando Neto, algumas pessoas estariam enviando fotos da fachada de sua casa, onde ele mora com sua família.
O meio-campista é considerado uma “pessoa quieta” nos bastidores do São Bernardo. Ele se apresentava nos últimos meses abaixo técnicamente e fisicamente, o que gerou estranhamento no clube paulista. Vale destacar que além do valor que alega ter devolvido, Fernando Neto também apareceu em conversas com Eduardo Bauermann, onde tentava aliciar o jogador do Santos para um dos esquemas.
O esquema envolvendo Fernando Neto
Fernando Neto teria recebido R$ 40 mil em adiantamento do grupo de apostadores para tomar um cartão vermelho em partida contra o Sport, pela última Série B, quando defendia o Operário. Caso cumprimesse, o atleta receberia R$ 500 mil, mas não conseguiu a expulsão, apenas o cartão amarelo, por isso decidiu devolver o valor inicial. O Ministério Público descobriu a participação do atleta no esquema e o atleta está dentro das investigações da Operação Penalidade Máxima II. Ele deixou o time de Ponta Grossa no fim do ano passado e assinou com o São Bernardo em 2023.