Após alfinetar o Flamengo, Leila Pereira pede para “interesse pessoal” ser deixado de lado na Libra
Presidente do Verdão não quer privilégios e deixou claro que deseja evolução do futebol brasileiro
Fabio Menotti - Palmeiras
Insatisfeita com a postura do Flamengo, Leila Pereira adotou um tom mais duro ao criticar a “soberba imensa” do clube carioca. Dessa forma, como a Libra ainda não saiu do papel, a presidente do Palmeiras acredita que os times precisam parar de pensar em interesses pessoais para que o projeto vire realidade. Em entrevista à CNN, a dirigente apontou que existe uma prioridade envolvendo a evolução do futebol brasileiro, motivo pelo qual o time alviverde rechaça qualquer tipo de privilégio nos bastidores.
“Acho que está mais que maduro, já passou da hora de colocarmos em prática a nossa Liga. Mas a grande dificuldade é os clubes pensarem apenas no seu próprio interesse. Eu sou uma gestora de clube de futebol diferente. Eu quero o melhor para o Palmeiras, quero vencer sempre, mas eu quero valorizar o produto futebol. Quero que o Palmeiras dispute com clubes saudáveis”, disse Leila Pereira.
Mesmo que o Flamengo não tenha sido citado, Leila Pereira pediu para os clubes pararem de pensar em seus interesses pessoais. Além disso, a duração das reuniões da Libra foi criticada, tendo em vista que o martelo não é batido nos encontros.
“A gente muda a partir do momento que valorizamos o todo, o produto futebol. Se eu olhar o interesse pessoal, o negócio não vai sair, não é uma Liga. O Palmeiras se curva sempre ao que é melhor para o futebol. Eu canso de dizer que nessas reuniões, onde se conversa duas, três horas, não se decide nada. Você sai da reunião e nem lembra o que foi falado no começo (…) Se nós não abrirmos a mente para que o futebol seja mais forte, nossa Liga não vai sair“, completou a presidente.
De acordo com o colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, Botafogo, Vasco e Cruzeiro decidiram romper com a Libra. Sendo assim, as equipes em questão podem marcar presença na Liga Forte Futebol, composta por 26 clubes. Agora, resta saber como os dois blocos vão aparar as arestas para que o plano se torne viável dentro do futebol nacional.

