Home Outros Esportes Sindicato? Austin Ekeler organiza reunião com running backs para discutir mercado da posição na NFL

Sindicato? Austin Ekeler organiza reunião com running backs para discutir mercado da posição na NFL

RB dos Chargers convocou as estrelas da posição para conversar sobre momento difícil para negociar contratos com os times da liga

Thais May Carvalho
Jornalista formada pela Faculdade Cásper Líbero e mestranda de Ciências da Comunicação na Universidade de São Paulo, sou colaboradora do Torcedores.com desde 2020. Escrevo sobre diversas modalidades, com foco mais voltado para futebol americano, beisebol, surfe, tênis, futebol, hóquei no gelo e basquete.

Insatisfeitos com o tratamento que estão recebendo dos times da NFL, vários dos principais running backs da liga se reuniram em uma chamada de Zoom no sábado (22) para discutir o mercado da posição.

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A reunião foi uma iniciativa de Austin Ekeler, que teve meses de conversas frustradas até reestruturar seu contrato com o Los Angeles Chargers em maio. Ele convidou os principais nomes da posição para participarem da reunião, e entre os que compareceram estavam: Saquon Barkley (Giants), Derrick Henry (Titans), Josh Jacobs (Raiders), Jonathan Taylor (Colts), Christian McCaffrey (49ers), Tony Pollard (Cowboys), Nick Chubb (Browns), Najee Harris (Steelers), Aaron Jones (Packers), Joe Mixon (Bengals) e JK Dobbins (Ravens).

Dentre estes nomes, Barkley e Jacobs estão em um momento contratual complicado. Os dois receberam a franchise tag de suas equipes, mas nenhum deles conseguiu assinar um acordo de múltiplos anos e, ao que tudo indica, ambos não vão participar do training camp. De todas as posições, a de RB foi a única em que o valor da tag diminuiu nas últimas temporadas. Ela foi de US$ 12,1 milhões em 2017 para US$ 10,1 em 2023.

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Nesta free agency, Miles Sanders, David Montgomery e Jamaal Williams foram os únicos running backs que conseguiram contratos de mais de dois anos de duração, sendo que só Sanders e Montgomery vão receber uma média salarial acima de 4 milhões de dólares.

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Enquanto isso, Aaron Jones precisou aceitar um corte salarial para continuar em Green Bay e dois nomes de destaque nos últimos anos continuam sem uma equipe: Dalvin Cook e Ezekiel Elliott.

Ao falar com a imprensa no training camp dos Browns no domingo, Nick Chubb ressaltou o valor da posição e comentou o que aconteceu no encontro. “Agora são só conversas. Não há realmente nada que possamos fazer. Estamos meio que algemados com a situação. … A principal questão é que estamos em uma posição em que nossa produção nos prejudica. Se formos lá e corrermos 2.000 jardas em diversas carregadas, no ano seguinte eles dirão que você provavelmente está desgastado. Essa é a maior coisa que tirei disso.”

Segundo o jornalista Mike Florio, grande parte da conversa foi sobre os agentes, que muitas vezes criam expectativas falsas e deixam números ilusórios para os últimos anos dos contratos, o que acaba puxando a média salarial falsamente para cima. A ideia é que estes agentes façam sua própria reunião e estabeleçam uma melhor comunicação entre si para elaborar estratégias de negociação para os RBs.

Apesar da iniciativa, o resultado final da reunião não foi muito prático. Isso porque que nada pode ser feito de fato até que um novo acordo coletivo de trabalho seja estabelecido entre a NFL e a Associação de Jogadores em 2030. Possíveis atitudes mais enfáticas, para Florio, seriam se os running backs se desvinculassem da NFLPA e criassem o seu próprio sindicato, ou que eles se recusassem a participar de todas as atividades da pré-temporada de 2024.

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