A eliminação do Brasil para a Jamaica, na manhã desta quarta-feira (2), deixa grandes reflexões para o futuro da seleção. O empate de 0 a 0 classificou as jamaicanas, que precisaram de doações e ‘vaquinha’ para ir à Copa do Mundo na Oceania. Nas redes sociais, o jornalista Leonardo Bertozzi citou o fato para pontuar o vexame da ‘amarelinha’.
“Sem álibis para o pior resultado do Brasil em Copas desde 1995. Jogadoras e comissão técnica tiveram boas condições de trabalho em todo o ciclo e não conseguiram superar uma adversária que dependeu de doações para se preparar”, disse o jornalista.
Por muito tempo o futebol feminino não teve apoio no Brasil. No entanto, isso vem mudando aos poucos e, neste momento, a seleção tem o mínimo de estrutura e investimento, o que não é a realidade de diversos países pelo mundo. Vale destacar também que a equipe brasileira é uma das que nunca ficaram de fora de uma edição de Copa do Mundo, ou seja, essa foi a nona participação no Mundial.
Por outro lado, a Jamaica participou da competição pela segunda vez em sua história, sendo a primeira em 2019. Sem investimento e infraestrutura, a seleção do país deixou de existir entre os anos de 2010 e 2013. Para disputar a Copa deste ano, foi preciso realizar uma ‘vaquinha’ onlline para bancar os custos de viagem e outros detalhes. A campanha arrecadou US$ 52 mil (R$ 246 mil) até agora, mas a meta é chegar aos US$ 100 mil (R$ 473 mil).
Os fatos apontados acima mostram o quanto foi vexatória a eliminação da seleção, que tinha como expectativa ser competitiva até contra as grandes potências no mata-mata.
Apesar dos pontos negativos do Brasil, é importante apresentar os méritos da Jamaica. Mesmo com tantos problemas no extracampo, elas terminaram a fase de grupos sem tomar gols. A França também não conseguiu superar a defesa das jamaicanas, que fizeram história e agora devem enfrentar Alemanha ou Colômbia nas oitavas de final.

