Home Torcedoras Extrema-direita dos EUA toma atitude para propagar discurso de ódio após eliminação na Copa

Extrema-direita dos EUA toma atitude para propagar discurso de ódio após eliminação na Copa

Com nomes liberais no elenco, norte-americanos conservadores comemoraram eliminação

Nayla Lima
Apaixonada pelo mundo da comunicação e dos esportes, sou colaboradora do Torcedores por ser o melhor lugar para unir ambas paixões. Universitária, redatora há mais de 5 anos, mãe do Pietro e torcedora nas horas vagas. @nayla_mayara

A seleção feminina dos EUA teve uma eliminação dramática na Copa do Mundo Feminina 2023, quando uma bola não conseguiu entrar por completo, conforme o VAR indicou. Desclassificadas nas oitavas de final da competição, a eliminação foi comemorada pela extrema-direita do país, já que jogadoras costumam se posicionar de forma liberal nas redes sociais.

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Extrema-direita dos EUA comemora eliminação

Após a eliminação da seleção americana para a Suécia nos pênaltis, um dos primeiros a comemorar a eliminação foi o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O principal motivo foi um ataque à capitã, a meio-campista Megan Rapinoe, que é conhecida internacionalmente pelo seu ativismo fora dos gramados.

Em mensagem publicada nas redes sociais, o ex-presidente criticou a atitude das atletas no torneio e disse: “A chocante e totalmente inesperada derrota da seleção dos EUA contra Suécia é representativa do que acontece em nossa nação sob o comando do corrupto Joe Biden. Várias das nossas jogadoras foram abertamente hostis com a América. Nenhum outro país se comportou assim, nem de perto”.

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Rapinoe foi criticada também pelos conservadores por errar a penalidade que custou a classificação da equipe. Apesar de ser um elenco multicampeão — as norte-americanas são as atuais bicampeãs do Mundo —, o time acabou sofrendo com a polarização política do país. Além da meio-campista, outras atletas também se posicionam em favor da justiça social, respeito aos direitos humanos e outras causas.

Luta social da seleção americana

Atualmente, Megan Rapinoe é uma das principais ativistas nos EUA pela igualdade salarial, condições de igualdade no futebol feminino, igualdade racial e direitos da comunidade LGBTQIA. Uma das atitudes mais questionadas pelos conservadores foi as atletas se ajoelharem como protesto pela igualdade racial durante algumas competições ou campanhas pela igualdade salarial comandadas por vozes importantes como Alex Morgan.

Com a desclassificação, as atletas acabaram agora se tornando alvo desse debate político polarizado, principalmente porque o EUA vivem a campanha do Partido Republicano para decidir qual será o candidato para a disputa presidencial de 2024 — Trump atualmente lidera as pesquisas.