Ex-lateral de Palmeiras e Goiás relembra duelos contra Neymar: “Não perdi nenhuma”
Lateral jogou nos tempos de “vacas magras” no Verdão
Ricardo Saibun/Santos
Nos últimos anos, o Palmeiras se consolidou como um dos principais times do Brasil e da América do Sul. Mas, nem sempre foi assim. Entre 2001 e 2014, por exemplo, o Verdão viveu um momento ruim.
Sem muito investimento, o Palmeiras venceu apenas um Paulistão e uma Copa do Brasil neste período. Por outro lado, teve dois rebaixamentos.
Então, nessa época, o Palmeiras contratava muitos jogadores de times menores, visando um custo mais baixo. Além de tentar oferecer jogadores como moeda de troca.
E uma das contratações foi o lateral-direito Vítor, que ficou no Palmeiras entre 2010 e 2013, vindo do Goiás. No clube goiano, Vítor jogou entre 2006 e 2010, sendo considerado um dos principais laterais do país.
Jogador relembrou negociação com Palmeiras
Em entrevista à “ESPN”, o agora ex-jogador falou sobre essa negociação com o Palmeiras. Vítor relembrou que era cobiçado por outro clubes.
“Todo final de temporada eu recebia um monte de propostas. No final de 2009, eu fiz um dos gols mais bonitos da minha vida, contra o São Paulo, batendo na gaveta do Rogério Ceni. Depois disso, o assédio aumentou. Quando virou para 2010, eu recebia, sem exagero, propostas todos os dias de clubes diferentes”, disse Vítor.
Então, o ex-jogador conta que tiveram duas propostas que mais agradaram ele e o clube goiano: do Internacional e do Palmeiras.
“O Inter brigou com o Palmeiras pela minha contratação, mas queriam que eu saísse de graça ao final do meu contrato com o Goiás. No final, cheguei à conclusão de que o certo seria sair para o Palmeiras, de forma que o Goiás recebesse um retorno financeiro”.
“O Palmeiras deu ao Goiás três jogadores, o (atacante) Daniel Lovinho, o (volante) Wendel e o (meia) Deyvid Sacconi na minha troca, mais uma quantia em dinheiro. Então, fui para o Palmeiras”, relembrou.
O time era bom
Depois, Vítor lamentou que não tenha conquistado títulos pelo Palmeiras. Na opinião dele, o time era muito bom, além de ter um ambiente divertido.
“Nossa equipe de 2010 era muito forte no papel. Tinha Marcos, Diego Souza, Cleiton Xavier, Pierre, Marcos Assunção, Lincoln, Armero… Era um time bom, mas que não encaixou”.
“Era tanta estrela que eu lembro até hoje de um jogador que foi contratado e, quando chegou no vestiário, foi tocar no braço do Marcão para ver se ele era de verdade (risos). Era muita resenha, uma galera muito gente boa”, contou.
Duelos com Neymar
Quando chegou ao Palmeiras, Neymar estava começando a brilhar no time profissional do Santos. Neste primeiro semestre de 2010, o atacante foi tão bem, que era cotado para disputar a Copa do Mundo daquele ano.
Vítor, então, relembra que tinha a missão de marcar Neymar nos clássicos, já que o atacante jogava mais pela ponta esquerda e ele era lateral-direito.
“Era bem difícil marcar o Neymar, ele jogava aberto pela esquerda e eu era o responsável por tentar parar. Lembro que, em 2010, joguei com a coxa lesionada, mas tratei a semana toda porque não queria ficar fora de jeito nenhum. E olha que ainda me ‘cornetaram’ porque eu fiquei o jogo inteiro perseguindo ele e não consegui atacar. Ainda acertei uma bomba na trave. (risos)”, brincou Vítor.
Então, o ex-jogador do Palmeiras contou que nunca perdeu para o Santos de Neymar.
“Tive vários duelos bons com o Neymar e não perdi nenhuma para ele. Ganhei um jogo por 2 a 1 e empatamos o outro por 1 a 1, na Vila Belmiro. Ele era muito rápido e improvisava demais, era totalmente imprevisível o movimento que ele ia fazer e a decisão que ia tomar”, exaltou.
Palmeiras x Goiás
Os dois times que Vítor é mais lembrado na carreira irão se enfrentar hoje (15), no Allianz Parque. Palmeiras x Goiás se enfrentam às 21h30, em partida válida pela 23ª rodada do Brasileirão.

