Home Futebol Presidente da Fifa sugere derrota automática para times em casos de racismo

Presidente da Fifa sugere derrota automática para times em casos de racismo

Mandatário da entidade se manifestou após atos racistas ao goleiro Maignan, do Milan, em jogo contra a Udinese

Rafael Alaby
Rafael Alaby é jornalista diplomado pela FIAM (Faculdades Integradas Alcântara Machado), com passagens pela Chefia de Reportagem de Esportes, da TV Bandeirantes, em São Paulo e site KiGOL. Pós-graduado em Jornalismo Esportivo e Negócios do Esporte (FMU)
Presidente da FIFA defendeu Maignam, do Milan, vítima de racismo

Goleiro Maignan, do Milan, foi alvo de ataques racistas em jogo contra a Udinese. (Alessandro Sabattini/Getty Images)

Este sábado (20), infelizmente, ficou marcado por mais um episódio de racismo no futebol. O goleiro Maignan, do Milan, foi vítima de atos racistas da torcida da Udinese, em duelo do Campeonato Italiano. A partida chegou a ser interrompida. Em postagem no Instagram, Gianni Infantino, presidente da FIFA, postou duro texto manifestando apoio ao atleta e defendendo “derrota automática” como punição a esse tipo de caso.

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Infantino também citou outro fato semelhante ocorrido em Sheffield, na Inglaterra, também neste sábado.

“Temos que implementar a derrota automática para o time cujos torcedores cometeram racismo e causaram abandono da partida, bem como proibições mundiais de estádios, e acusações criminais para racistas”, escreveu Infantino.

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Dá para dizer que esse é o mais contundente pronunciamento feito pelo presidente da Fifa em relação ao racismo no futebol.

O duelo entre Udinese x Milan, válido pela 21ª rodada do Campeonato Italiano, foi interrompido por cinco minutos após o francês Maignan relatar ofensas racistas de torcedores. Os jogadores do time rossonero deixaram o campo, mas retornaram depois para o reinício da partida, vencida por 3 a 2 pelo Milan.

Veja a íntegra do comunicado do presidente da Fifa

“Os acontecimentos que ocorreram em Udine e Sheffield no sábado são totalmente abomináveis e completamente inaceitáveis. Não há lugar para racismo ou qualquer forma de discriminação – tanto no futebol como na sociedade. Os jogadores afetados pelos acontecimentos de sábado têm meu total apoio.

Precisamos que todas as partes interessadas relevantes tomem medidas, começando pela educação nas escolas, para que as gerações futuras entendam que isso não faz parte do futebol ou da sociedade.

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Além do processo de três etapas (partida interrompida, partida interrompida novamente e partida abandonada), temos que implementar a derrota automática para o time cujos torcedores cometeram racismo e causaram abandono da partida, bem como proibições mundiais de estádios, e acusações criminais para racistas.

A Fifa e o futebol mostram total solidariedade às vítimas do racismo e de qualquer forma de discriminação. De uma vez por todas: não ao racismo! Não a qualquer forma de discriminação!”