Gabigol, em jogo do Flamengo no Carioca (Marcelo Cortes - CRF)
Reserva de Pedro, Gabigol vem lidando com outro problema envolvendo o desempenho em campo. Anteriormente, o camisa 10 não costumava desperdiçar penalidades máximas, mas o cenário mudou, já que os goleiros vêm percebendo o estilo das cobranças na marca da cal. Em jogo do Flamengo contra o Vasco, Léo Jardim não teve problemas para agarrar o arremate, algo que motivou um alerta de Mauro Cezar Pereira.
Como Gabigol ainda é constantemente acionado no Flamengo, o jornalista considera que o atacante precisa diversificar a forma que cobra pênaltis. Para confundir os goleiros, Mauro Cezar aconselhou uma alternância nos arremates.
“Em menos de um ano, três goleiros defenderam pênaltis (do Gabigol) porque já perceberam que ele espera até o movimento final do goleiro e rola no canto. O goleiro espera e faz a defesa, até com facilidade.”
“Ele precisa diversificar. Bate um violento, um no meio do gol, um no canto, um no alto… ele já bateu de várias formas. O goleiro adversário vai pensar: ‘Como o Gabriel vai bater?’. Quando ele bate de uma mesma maneira, ele é sempre previsível. Hoje, os goleiros têm muitos recursos para estudar o adversário, e todos os goleiros estudam a batida do Gabriel.”, disse Mauro Cezar, em live no YouTube.
Na sequência, Mauro Cezar apontou que o problema não abrange apenas Gabigol. Isso porque o mesmo caso atingiu Raphael Veiga, do Palmeiras, especialista em pênaltis, mas que teve falhas em momentos decisivos.
“O Veiga, no Palmeiras, ficou um tempão sem perder. Depois perdeu dois contra o São Paulo. Os goleiros percebem que o Veiga bate forte e alto, às vezes no meio do gol.”, afirmou.
Mauro Cezar sinaliza cobrador “único” no futebol brasileiro
Dono de uma grande frieza no momento de bater pênaltis, Henrique Dourado foi citado como um “fenômeno” por Mauro Cezar. Como o centroavante não precisa alterar o estilo de bater pênaltis, a habilidade em questão, na visão do jornalista, é única entre os jogadores que atuam no Brasil.
“O bom batedor vai diversificando. A exceção é o Henrique Dourado. É um negócio absurdo como ele bate pênalti. Sempre do mesmo jeito, não erra… é um fenômeno. Tem uma capacidade de fazer cobranças que nenhum jogador tem.”, exaltou.

