Home Futebol Sobrevivente de tragédia no CT do Flamengo faz primeiro gol e lembra ex-colegas

Sobrevivente de tragédia no CT do Flamengo faz primeiro gol e lembra ex-colegas

Atacante foi um dos meninos que sobreviveu ao incêndio no Ninho do Urubu, que vitimou dez crianças da base do Flamengo

Matheus Camargo
Jornalista formado pela Universidade Estadual de Londrina (UEL), colaborador do Torcedores.com desde 2016. Radialista na Paiquerê 91,7.
Sobrevivente de tragédia no Flamengo marcou primeiro gol como profissional

Pablo, ex-Flamengo, atualmente no Londrina (Thiago Silvério/Divulgação/Londrina EC)

O atacante Pablo Ruan é sobrevivente do incêndio do Ninho do Urubu, CT do Flamengo, que matou dez jogadores da base do clube no início de 2019.

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Cinco anos após a tragédia, o jogador marcou seu primeiro gol como profissional e não esqueceu os ex-companheiros.

Atualmente no Londrina, Pablo marcou o gol do empate do Tubarão contra o Andraus, pelo Campeonato Paranaense, na última quarta-feira (14). Em entrevista coletiva, o sobrevivente do incêndio desabafou.

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“Para mim esse gol significa muito. Primeiro gol como profissional, acabei passando por uma fase na minha vida muito difícil, como todos vocês sabem, acabei sendo sobrevivente do incêndio”, lembrou Pablo, atualmente no Londrina, mas que passou também pelas bases de Palmeiras e Atlético-MG.

“Para mim isso é muito gratificante, é fruto do meu trabalho. Já disse em outras oportunidades, estou aqui não só por mim, mas por todos os amigos que se foram.”

Pablo é reserva do Londrina e tem ganhado espaço jogo após jogo. O atleta entrou no final da partida contra o Andraus, na Vila Capanema, quando o LEC perdia por 1 a 0. O gol do atacante foi aos 51 do segundo tempo.

“O gol dá total confiança para poder fazer uma jogada diferente, arriscar um drible diferente”, disse o jogador.

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“Em questão da titularidade, eu deixo para o Emerson (Ávila), o treinador, ele sabe da qualidade do grupo e sabe que se precisar estou à disposição.”

Pablo passou por grandes clubes até chegar ao Londrina

Ainda na entrevista coletiva, Pablo lembrou que após a tragédia que matou dez de seus ex-colegas chegou a rodar por grandes clubes. No ano passado, chegou para o sub-20 do Londrina.

“Comecei pequeno aqui na Portuguesa Londrinense, onde sou criado. Sou da zona leste de Londrina. Fui depois para o Flamengo, fiquei dois anos, acabei indo para o Palmeiras, fiquei dois anos também, agora recente fiquei dois anos e meio no Atlético-MG”, disse Pablo, que concluiu:

“Minha chegada ao Londrina foi por conta que me identifico com o clube, minha família toda é daqui. Chego para agregar ao grupo, para tentar alcançar nossos objetivos na temporada.”

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