Home Futebol Veja os jogadores que já vestiram a camisa 10 da seleção brasileira em Copas do Mundo

Veja os jogadores que já vestiram a camisa 10 da seleção brasileira em Copas do Mundo

Confira todos os atletas do Brasil que já vestiram a camisa 10 em mundiais

Cassiano Cardoso
Escrevo sobre Internacional por aqui, sou administrador do De Frente Pro Gigante e social media no Beira News, no Instagram. Acompanha lá!
Pelé eternizou a camisa 10 do Brasil na Copa do Mundo de 1958

Pelé eternizou a camisa 10 do Brasil. (Foto: Divulgação/CBF)

A camisa 10 da Seleção Brasileira possivelmente é a mais importante da história do futebol mundial. Grandes lendas do esporte já a vestiram e, justamente por ela, que se definiu que o camisa 10 seria o craque do time. Assim como a 23 de Jordan depois se tornou a camisa referência no basquete, foi em 1958 que a 10 se eternizou com Pelé no primeiro título mundial do Brasil. A partir daí, tradicionalmente os times passaram a usar a camisa 10 para representar seu principal jogador.

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Embarque conosco na história da Seleção Brasileira e relembre – ou até mesmo descubra – todos os camisas 10 que já passaram pela Canarinho nas Copas.

1950 – Jair da Rosa Pinto, o primeiro 10

Com passagens por Vasco da Gama, Palmeiras (clube em que atuava na época), Flamengo, São Paulo e Santos, o meio-campista chegou à Copa com 29 anos e esteve no all-star team da competição. Com qualidade de passe e chute de longe, Jair marcou dois gols – um contra o México, na primeira fase, e outro contra a Espanha, no quadrangular final – e deu cinco assistências naquele mundial.

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Na Copa do Maracanazzo, o Brasil perdeu o título para o Uruguai, que seria bicampeão naquela ocasião. A Canarinho, que na época ainda vestia uniforme branco, estava a apenas um empate de erguer seu primeiro mundial. Entretanto, o Brasil perdeu de virada em pleno Maracanã, que ficou marcado na história como um dos maiores vexames da história da Seleção. 

1954 – Pinga, o primeiro atacante na 10

Descendente de operários espanhóis, José Lázaro Robles – o Pinga – foi o camisa 10 da Seleção Brasileira na Copa de 1954. O atacante foi levado pelo então treinador Zezé Moreira como o camisa 10. Entretanto, o jogador teve uma participação tímida na competição, tendo marcado dois gols na estreia contra o México. O atacante ainda atuou contra a Iugoslávia, na rodada seguinte, mas foi substituído por Humberto. Na partida seguinte, já pelas quartas-de-final, não foi utilizado, quando o Brasil perdeu por 4 a 2 para a Hungria e foi eliminado. 

1958, 1962, 1966, 1970 – Pelé, o Rei do Brasil e do mundo

Simplesmente o maior de todos, dispensa comentários. Aos 17 anos, é até hoje o jogador mais jovem a marcar um gol pela Seleção Brasileira. Sua atuação pela Canarinho durante mais de 12 anos como camisa 10 eternizou a importância da camisa para um time de futebol. Detalhe: ocorreu uma desorganização na CBD e não foi encaminhada a numeração da Seleção. Com isso, aleatoriamente a 10 ficou com Pelé.

O primeiro a alcançar a histórica marca de mil gols como jogador de futebol. Pela Seleção Brasileira, foram 114 jogos e 95 gols marcados. Fez história no Santos, onde até hoje é tratado como rei. O eterno Pelé morreu no final de 2023, aos 82 anos. 

Em 1958, seu impacto seria um pouco mais tarde. Pelé não marcou nenhum gol na fase de grupos, mas foi essencial na reta final, marcando gols em todas as partidas. Nas quartas, em partida difícil, o Brasil venceu por 1 a 0, gol do Rei. Depois, nas semis, goleada brasileira sobre a França, de Fontaine, por 5 a 2. Três gols de Pelé. Na grande final, contra a anfitriã Suécia, o Brasil goleou novamente pelo mesmo placar, tendo o rei marcado dois dos cinco gols da Canarinho. O Brasil de Pelé, Nilton Santos, Vavá e Zagallo era campeão do mundo.

Na Copa de 62, Pelé teve sua passagem abreviada. Após marcar na primeira partida do Mundial, o Rei foi cortado no segundo jogo, contra a Iugoslávia. Por mais que a Seleção tenha conquistado o Mundo naquela Copa, Pelé esteve de fora do restante do torneio. Em 1966, a atuação do Rei foi ainda menor. Um gol de falta na estreia e lesão em seguida. O jogador foi cortado mais uma vez da seleção principal. 

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Depois, veio a histórica Copa de 70, a primeira com transmissão a cores. Pelé conquistou o tri do Mundo pela Seleção, sendo o vice-artilheiro com quatro gols, apenas atrás de Jairzinho, que marcou sete vezes. Pelé marcou contra Eslováquia e Romênia (2x) na primeira fase e depois fez gol na final, contra a Itália, aos 18 minutos.

1974 e 1978 – Rivellino, o homem do elástico

Ídolo em Corinthians e Fluminense, a Copa de 74 foi a segunda de Rivelino, um dos grandes craques do futebol nacional. No entanto, na primeira ele ainda não vestia a 10. O jogador era o grande craque da Seleção ao lado de Jairzinho. O meio-campista era batedor de faltas, mas também um grande driblador, criador do drible elástico, reproduzido até hoje.

Naquela Copa, a Seleção Brasileira ficou na quarta colocação após perder por 1 a 0 para a Polônia. A participação de Rivellino ficou marcada como artilheiro do Brasil no certame, com três gols marcados. Um na primeira fase, na vitória por 3 a 0 contra o Zaire, após dois empates em 0 a 0, e outros dois contra a Alemanha Oriental e Argentina, na segunda fase.

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Na Copa seguinte, em 1978, aos 32 anos, o jogador foi referência técnica da Seleção, mas acabou sendo reserva de Zico em boa parte da competição por lesão. O Brasil chegou à terceira colocação, mas não marcou nenhum gol, nem teve assistência.

1982 e 1986 – Zico, o Galinho

O Galinho foi a principal referência de uma das melhores Seleções Brasileiras da história, junto de Falcão, Cerezo, Sócrates e Júnior. Naquela Copa, o Brasil seria eliminado numa histórica partida contra a Itália nas semifinais. Zico foi altamente participativo pelo time comandado por Telê Santana. O ídolo do Flamengo foi o artilheiro da Seleção Brasileira, com quatro tentos convertidos.

O camisa 10 da Seleção Brasileira marcou uma vez contra a Escócia e duas contra a Nova Zelândia, na primeira fase da Copa. Na fase seguinte, foi decisivo com o primeiro gol da vitória por 3 a 1 contra a fortíssima Argentina. Zico também foi o líder de assistências do Brasil com quatro passes para gol durante o certame.

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Em 1986, uma Seleção Brasileira com menos glamour e com o Galinho retornando de uma grave lesão no joelho. O Brasil foi eliminado nas penalidades contra a França nas quartas-de-final, onde o jogador pouco atuou. Ainda, para completar, perdeu um dos pênaltis decisivos na ocasião. Na época, um vexame para a Canarinho.

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1990 – Silas, um desconhecido na Seleção

Um dos mais desconhecidos de toda esta lista. A Seleção de Lazaroni, na verdade, tinha vários jogadores de menor qualidade se comparados com outras Copas. Alguns permaneceram para conquistar o mundo em 1994, como Bebeto, Dunga, Ricardo Gomes e Taffarel. No entanto, o Brasil sucumbiu junto com Silas.

O jogador não marcou nenhum gol em toda a Copa do Mundo e o Brasil foi eliminado pela Argentina nas oitavas-de-final. Silas tinha a confiança do treinador à época.

1994 – Raí, o reserva de luxo do Brasil

O meio-campista que foi banco para o Brasil conquistar o mundo: Raí. ídolo e multicampeão pelo São Paulo, o camisa 10 da Copa de 94 iniciou o certame como titular, mas foi perdendo espaço na medida em que a Seleção avançou. Raí chegou a ser o capitão na primeira fase da competição.

No tetracampeonato mundial do Brasil, Raí jogou de titular nos três primeiros jogos e depois foi para o banco, passando a braçadeira para Dunga. O jogador marcou um gol, de pênalti, na competição contra a Rússia. Atuou contra a Holanda nas quartas, entrando no segundo tempo e participou também da classificação contra a Suécia, nas semis.

1998 e 2002 – Rivaldo, o 10 de Ronaldo

Aqui vamos falar de um dos maiores camisas 10 da história da Seleção Brasileira: Rivaldo Vítor Borba Ferreira. Meia-atacante com muita qualidade na finalização e melhor do mundo em 1998, o jogador foi um dos principais nomes do Brasil Copa daquele ano. 

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Rivaldo em 1998 marcou três gols e deu duas assistências. Um ainda pela primeira fase da Copa, contra o Marrocos, e depois na importante vitória contra a Dinamáquina (apelido da Dinamarca). O Brasil cairia na final contra os franceses, que eram os anfitriões na época.

Depois, na Copa de 2002 ainda foi absolutamente decisivo com gols e passes para gol em praticamente todas as partidas. Um meia bastante criativo e driblador. Rivaldo terminou a Copa como um vice-artilheiro do Brasil, com cinco gols convertidos, e ainda deu uma assistência. 

O meia-atacante foi importante especialmente nas primeiras fases, onde marcou em todos os jogos: Turquia, Costa Rica e China. Além de ter marcado no difícil confronto contra a Bélgica e na virada histórica contra a Inglaterra.

2006 – Ronaldinho, o melhor do mundo

O melhor do mundo à época teve sua única Copa como camisa 10 em 2006. Existia uma expectativa muito grande pelo quadrado mágico (Kaká, Ronaldinho, Ronaldo e Adriano), mas que nunca se concretizou de fato. Naquela Copa do Mundo, Ronaldinho era para ser o principal expoente da Seleção, mas pouco fez, a temporada maravilhosa pelo Barcelona não se refletiu pela Canarinho.

O Brasil fez uma boa campanha na primeira fase, mas com pouco brilho e houve um sentimento nacional de que se podia mais. Na fase seguinte, classificação contra Gana e depois eliminação vexatória contra a França novamente nas quartas-de-final. Ronaldinho Gaúcho terminou a Copa sem marcar nenhum gol e dar nenhuma assistência.

2010 – Kaká, o menino de ouro

Melhor do mundo em 2007 e recém contratado pelo Real Madrid, Kaká chegou para a Copa do Mundo como o grande nome da Seleção Brasileira, mas aos poucos foi perdendo o protagonismo para Robinho.

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Na época, Kaká já vinha de uma sequência de lesões, que assolaram o final da carreira do meio-campista. O meia-atacante terminou a Copa de 2010 com apenas três assistências e nenhum gol marcado com a camisa 10 do Brasil. 

A Seleção teve um bom desempenho, especialmente nos primeiros quatro jogos. Na última partida, na eliminação contra a Holanda, nas quartas-de-final, a Seleção encerrou sua participação com derrota por 2 a 1 de virada. Felipe Melo, expulso, dificultou os planos para o Brasil.

2014, 2018 e 2022 – Neymar, o artilheiro do Brasil

Menino da Vila, Neymar tinha tudo para se tornar um dos maiores nomes do futebol mundial pela Seleção Brasileira. Por mais que tenha se tornado o maior artilheiro da história do Brasil, o atacante nunca conseguiu resolver de fato nas Copas do Mundo. O jogador tem 79 gols pela Canarinho e passou por treinadores diferentes nestes mais de 10 anos de convocações.

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Em 2014, no Brasil, a Seleção tinha a obrigação moral de conquistar o hexa diante do seu torcedor. Após uma difícil primeira fase, com empate contra o México entre os resultados, a Seleção Brasileira avançou com sete pontos conquistados. A Seleção ainda foi às semis, quando foi humilhado pela Alemanha no 7 a 1, sem Neymar, que havia se machucado no confronto anterior contra a Colômbia. O Brasil ainda perderia a terceira posição para a Holanda. 

Ney marcou quatro gols, sendo dois contra a Croácia, na estreia, e dois contra o Camarões. O jogador teve ainda uma assistência. Muitos atrelam a eliminação vexatória para a Alemanha à sua ausência por lesão.

Na Copa de 2018, aos 26 anos, Neymar chegou à sua segunda Copa consecutiva, agora mais maduro. O atacante seguiu sendo o principal nome da Seleção Canarinho. No entanto, mais uma primeira fase oscilante: o Brasil terminou com sete pontos conquistados. A Seleção foi eliminada mais uma vez nas quartas-de-final, contra a Bélgica. Ney marcou apenas duas vezes. Uma contra a Costa Rica e outra contra o México. Teve uma assistência.

Em 2022, aos 30 anos, Neymar chega após boas temporadas pelo PSG e chegou bem municiado. O Brasil tinha Vinicius Junior e Rodrygo como expoentes técnicos para auxiliar Neymar na corrida pelo hexa. No entanto, mais uma vez não deu certo. Desta vez, um pouco pior ainda na primeira fase. A Seleção de Tite terminou a primeira fase com seis pontos, pois perdeu no último jogo contra Camarões.

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Na fase seguinte, Brasil classificou bem contra a Coreia do Sul com uma contundente vitória por 4 a 1. Neymar fez dois gols naquela Copa, justamente contra a Coreia nas oitavas e depois no jogo que a Seleção Brasileira foi eliminada para a Croácia nos penais. O Menino da Vila não teve a oportunidade de converter o último pênalti do Brasil, pois Rodrygo falhou sua penalidade.

E aí, torcedor? Gostou de relembrar e descobrir estes momentos dos camisas 10 do Brasil?