Home Futebol Eterna promessa do Corinthians, Boquita hoje é o craque do Ajax da Vila Rica

Eterna promessa do Corinthians, Boquita hoje é o craque do Ajax da Vila Rica

Meia atuou pelo Timão entre 2009 e 2010, jogou ao lado de Ronaldo Fenômeno e rodou o país em vários clubes.

Rogério Guimarães
Geógrafo de formação, trabalho com edição e conteúdo textual desde 2008, quando ingressei no universo dos materiais da área educacional. No segmento editorial, já publiquei conteúdo que vão de manual de máquinas a livros de poesia. Sou aficionado por notícias e tudo que esteja ligado ao conhecimento.
Meio campista Boquita é cria do Terrão do Corinthians e hoje atua pelo Ajax da Vila Rica, zona leste de São Paulo

Boquita, atualmente no Ajax da Vila Rica (Torcedores.com)

Rafael Aparecido Silva, o Boquita, é mais um nome que engrossa a lista dos jogadores que atuaram em equipes grandes do Brasil e do exterior e hoje jogam na categoria mais raiz do futebol brasileiro: a famosa várzea.

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O meio-campista de 33 anos, cria do Terrão alvinegro e cujo grande destaque foi ter jogado no Corinthians, hoje defende o manto do Ajax da Vila Rica, clube da região de Sapopemba, zona leste da capital paulista.

Fundado em 1973, o Ajax é um dos grandes nomes da várzea paulistana e se orgulha de ter levantado o troféu da Série A da Copa Kaiser de 2012 e hoje segue firme na Super Copa Pioneer, o torneio mais tradicional da categoria

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Boquita é um daqueles jogadores que surgem jogando o fino da bola na Copinha, são alçados ao time principal, mas acabam não tendo o mesmo desempenho que chamou a atenção.

Mesmo assim, o meia chamou a atenção do técnico Mano Menezes, que em 2009, viu no garoto campeão da Copinha um perfil que seria interessante para seu esquema tático.

Boquita teve o privilégio de jogar ao lado de Ronaldo Fenômeno, um dos maiores ídolos da história recente do Timão, nas campanhas de 2009 e 2010.

Boquita tem carreira extensa

Nesse período, Boquita atuou em 60 partidas, marcou três gols, levou 11 cartões amarelos e nenhum vermelho.

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Com a chegada do técnico Tite em 2010, Boquita perdeu espaço na equipe e foi negociado com o Bahia. Essa foi a primeira de muitas transferências na carreira.

Após sair do Bahia, teve passagem de destaque pela Portuguesa, onde foi campeão da Série B em 2011 e daí para frente, jogou no Atlético Sorocaba, Vila Nova, Marília, CSA, Brusque, Brasil de Pelotas, Taubaté, Marcílio Dias, Murici-AL e Juventus-SP, onde encerrou a carreira profissional.

Várzea é fracasso?

A passagem para a atuação na várzea pode ser entendida por muitas pessoas como um “fracasso”, mas a coisa não é bem assim.

Como a grande maioria dos jogadores profissionais tem origem nas periferias, o retorno para a várzea é uma forma de continuar jogando bola após a “aposentadoria oficial” e estreitar laços com a comunidade onde cresceram e aprenderam a jogar bola.

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Além disso, contar com um ídolo no plantel ajuda bastante a equipe de várzea no engajamento nas redes sociais, no prestígio na quebrada e é claro, na obtenção de patrocínios mais polpudos.