Home Futebol Kléber Gladiador abre o jogo sobre passagem pelo Vasco e dispara: “Não tinha onde treinar”

Kléber Gladiador abre o jogo sobre passagem pelo Vasco e dispara: “Não tinha onde treinar”

Ex-atacante concedeu entrevista à ESPN e revelou que via até mesmo fezes de gatos no gramado de São Januário

Matheus Camargo
Jornalista formado pela Universidade Estadual de Londrina (UEL), colaborador do Torcedores.com desde 2016. Radialista na Paiquerê 91,7.
Kléber Gladiador, Vasco

Kléber Gladiador em treino do Vasco (Marcelo Sadio / Vasco)

Kléber Gladiador, que se destacou em clubes como Palmeiras e Cruzeiro, teve uma passagem sem brilho pelo Vasco da Gama, mas que ficou marcada para ele pela estrutura do clube naquele período.

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Segundo o ex-jogador, em entrevista à ESPN, os treinos quando chegou eram “no meio da favela”.

“O Vasco não tinha onde treinar na época. Quando cheguei lá era Copa do Mundo, São Januário era uma sede para a FIFA, então a gente não podia treinar lá. Nosso treino era em Curicica. Era no meio da favela, só os barracos. Os caras viam os treinos do barraco, uns flamenguistas gritavam. A gente treinava no meio da favela mesmo (…) A mesa para tomar café da manhã era aquelas de plástico, que o cara dobra. Botava o café, geral tomava café junto”, revelou Kléber Gladiador, que seguiu:

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“O cara cortava o pão em cima do leite do outro, era a maior várzea. A grama de Curicica era cheia de buraco. A gente treinava lá, treinamos algumas vezes no CFZ, do Zico, que era um pouquinho melhor. Mas banho frio, banho gelado.”

Kléber revelou que gramado de São Januário tinha “m*** de gato”

O ex-atleta revelou um diálogo que teve com Douglas, então meia do Vasco, que explicou o motivo do mau cheiro que ambos sentiam. Segundo o ex-jogador do Corinthians, por conta de uma invasão de ratos, foram soltos vários gatos no estádio.

“Aí voltamos para treinar em São Januário. Quando fui tomar banho, energia elétrica desligada. Tudo escuro, entrei no boxe e tinha um cara lá já, porque você não consegue ver. Não dava, era uma bagunça (…) Quando subi para treinar, o Douglas estava com a camisa no rosto. Perguntei: ‘Que cheiro é esse, cara?’. Ele falou: ‘Não sabe não? Aqui é cheio de m* de gato, porque aqui tem muito rato, então botaram muito gato para pegar os ratos’. Os gatos andavam no campo à noite, então cagavam o campo todo”, revelou Kléber Gladiador, que seguiu:

“Então quando a gente ia treinar de manhã era cheio de m* de gato. Torcida gigantesca, fanática, dava dó. Por isso que o Vasco sempre teve tantas dificuldades e caiu várias vezes.”

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