Vampeta cita ex-camisa 10 da seleção que não tinha mídia: “Jogou muito”

Importante na conquista do penta, Rivaldo honrou o número 10 da seleção. Mesmo sendo eleito melhor do mundo e titular do Brasil, o ex-jogador, segundo Vampeta, considera que não recebia o devido valor. Neste cenário, uma comparação envolvendo Ronaldo veio à tona, tendo em vista a mídia gigantesca em torno do Fenômeno.

“O Rivaldo sempre falou pra mim: ‘Um gol do Ronaldo valia 10 meus’. Ele tinha que fazer 10 para valer um igual do Ronaldo. Um gol do Ronaldo dava impacto mundial, tinha mídia… o Rivaldo sempre questionou: ‘Faço gol de bicicleta, do meio de campo, e não repercute tanto quanto qualquer gol do Ronaldo’.”, disse Vampeta, no podcast “Reis da Resenha“.

Convivendo de maneira próxima, Vampeta sinalizou que Rivaldo não gostava de conceder entrevistas. Diante disso, o afastamento da imprensa acabou fazendo o pentacampeão do mundo ficar menos badalado fora dos gramados.

“O Rivaldo tinha dificuldades de relacionamento com a imprensa. Até hoje não quer contato com a imprensa. Quando o jogador é mais dado com a imprensa, olham com outros olhos. O Rivaldo sempre foi meio afastado e nunca gostou (de entrevistas). Mas ele jogou muito. Foi o melhor do mundo.”, afirmou.

Essenciais na conquista do penta, Rivaldo e Ronaldo brilharam em 2002. Recordando o período ao lado dos craques, Vampeta contou que o Fenômeno costumava brincar com a individualidade do antigo companheiro.

“(Ronaldo) chegou na final com seis gols. O Ronaldo brinca: ‘Se ele tocasse a bola para mim, eu faria 12’. No lance do primeiro gol, o Ronaldo dá a bola e toca no Rivaldo. Era para fazer a bola, mas o Rivaldo chuta. Era para fazer a tabela.”, relatou.

Vampeta exalta grupo do penta

Durante o bate-papo, Vampeta fez questão de valorizar a importância de Kleberson na campanha do penta. Embora Ronaldo, Ronaldinho Gaúcho e Rivaldo tenham sido os maiores protagonistas, o ex-volante exaltou o aspecto coletivo do grupo.

“Você foi um dos caras fundamentais na Copa do Mundo. O Kleberson era jogador de meio-campo, onde botasse ele jogava. Quarto homem, meia, segundo volante, primeiro… já jogou de lateral-direito.”

“O Kleberson quando entrou não saiu mais. O Edmilson fez uma Copa impecável. O Marcos… foi muito legal o coletivo. Nessa Copa do Mundo nossa, só não entraram o Dida e o Rogério Ceni.”, enalteceu.