O relatório do STJD com o inquérito que reúne as denúncia de John Textor, dono da SAF do Botafogo, foi publicado nesta sexta-feira (05). De acordo com o auditor Mauro Marcelo de Lima, as provas apresentadas pelo norte-americano podem ser consideradas “imprestáveis”.
A polêmica envolvendo o gestor do Glorioso teve o seu início no ano passado, quando o Palmeiras superou o Botafogo na classificação do Brasileirão, conquistando o título do torneio. Textor não aceitou o resultado e insinuou uma possível manipulação de resultados. Para embasar o seu argumento, o norte-americano apresentou algumas provas em sua defesa.
“A ideia de que um algoritmo pode garantir justiça absoluta no esporte é, infelizmente, apenas um sonho. A confiança depositada nesses métodos pela “Good Game” é, na melhor das hipóteses, uma ilusão quase bem-intencionada e, na pior, um artifício na tentativa de ludibriar as entidades esportivas”, revelou o relatório do STJD.
Em caso de condenação, John Textor sofrerá a maior punição da história do futebol brasileiro. O empresário norte-americano poderá ser suspenso por seis anos e ainda terá que pagar multa de R$ 2 milhões.
“É de se concluir que os sistemas Match-Fix e Ref-Eval da Good Game não funcionam como prometido. As alegações de precisão extrema e a capacidade de detectar manipulações e erros de arbitragem de maneira infalível não resistem a um exame rigoroso”, continuou.
A punição de John Textor ainda está associada ao que foi dito pelo empresário em sua defesa após o Brasileirão. Segundo o STJD, o norte-americano teria cometido ato ilícito que fere a honra de sete clubes do futebol brasileiro: Palmeiras, Flamengo, Grêmio, Bahia, São Paulo, Atlético-MG e Fortaleza.
Leila Pereira se pronunciou contrária a John Textor
A presidente do Palmeiras, Leila Pereira, chamou Textor de “irresponsável” após a publicação do relatório pelo STJD.
“O relatório reforça o que temos falado nos últimos meses sobre o sr. John Textor. Trata-se de um irresponsável que precisa ser punido exemplarmente pelos crimes que tem cometido contra pessoas, clubes e entidades. Estas denúncias mentirosas, feitas mediante a apresentação de provas forjadas, somente prejudicam a credibilidade do futebol brasileiro”, comentou.