
Renato Gaúcho, ex-técnico do Flamengo (Buda Mendes - Getty Images)
Renato Gaúcho, mesmo com bons números, deixou o comando do Flamengo sem conquistar títulos. Diante do atual patamar elevado, o técnico avalia que não é fácil trabalhar no clube, já que a pressão dos torcedores é constante. Neste cenário, após o revés na final da Libertadores, a trajetória à frente do Rubro-Negro foi encerrada de forma melancólica.
“Não é o Renato, o Rogério, o Dorival ou o Tite. O Flamengo, hoje, é um clube que você tem que ganhar. Se você não ganhar, você não é bom. O Flamengo é assim. Quem ganha, no caso do Dorival, vai embora. Imagina quem não ganha.”, disse Renato Gaúcho, em entrevista ao Charla Podcast.
“A torcida é muito exigente. É uma torcida de massa e que lota o Maracanã. Ela quer ganhar.”, acrescentou.
Necessidade de espetáculo em campo
Durante o trabalho de Renato Gaúcho, houve uma interrupção da sequência de goleadas aplicadas pelo Flamengo. Neste cenário, como os torcedores reclamaram do desempenho, o ex-comandante da equipe ressaltou o ambiente que também foi visto na passagem de Tite.
“A gente estava goleando todo mundo. A gente continuou ganhando, mas apertado. Os caras começaram a criticar. Eu falei: ‘Pelo amor de Deus’. Tem alguma coisa errada. O povo é exigente demais. Quem não quer treinar o Flamengo? Mas não é fácil trabalhar no Flamengo. Não é só comigo, estou falando de todo mundo.”, afirmou.
No momento, a torcida do Flamengo vive uma lua de mel duradoura com Filipe Luís. Recolocando o time nos eixos, o treinador está perto de mais um título após o Rubro-Negro vencer o Fluminense por 2 a 1, no Maracanã, no primeiro jogo da final do Campeonato Carioca.
Números de Renato Gaúcho no Flamengo
Em 38 jogos, com 25 vitórias, 8 empates e 5 derrotas, Renato Gaúcho teve um aproveitamento de 72,8% dirigindo o Flamengo. Destacando o ótimo retrospecto, o técnico lamenta o erro de Andreas Pereira que determinou o vice-campeonato na Libertadores.
“Infelizmente, o Andreas Pereira pisou na bola. Mas os números não mentem. Eu confio muito no meu trabalho. Ninguém pode apagar os números que eu consegui no Flamengo.”
“Nós íamos ganhar aquela Libertadores. Infelizmente, em um lance, o adversário cresceu. Nós íamos atropelar o Palmeiras naquela final.”, opinou.