
Augusto Melo, presidente do Corinthians (Foto: Reprodução)
As contas do Corinthians em 2024 foram reprovadas no começo desta semana pelo Conselho Deliberativo do clube, em reunião. O balanço, referente ao primeiro ano do mandato do presidente Augusto Melo, pode fazer voltar as movimentações para que o dirigente seja alvo de impeachment.
De acordo com o Uol Esporte, com o veto ao balanço do último ano, já haverá de forma automática a entrada de um processo de impedimento (que, no caso de Melo, seria o terceiro) do atual mandatário corintiano. Tal pedido deverá conter assinaturas de, pelo menos, 51 conselheiros ativos do Timão e terá de ser remetido ao presidente do órgão, Romeu Tuma Júnior, que encaminhará o parecer para a Comissão de Ética e Disciplina.
Rito do impeachment
A partir disto, a comissão deverá informar o presidente de tal pedido e o dirigente terá dez dias para enviar sua defesa. Com o fim deste prazo, há o parecer final, que será enviado ao Conselho dando o aval ou não ao impeachment de Augusto Melo. Este terá que ser discutido em reunião do órgão, que depois votará ou não pelo afastamento do dirigente, que finalmente será apreciado e votado pelos sócios do clube.
Embora o impeachment seja a saída procurada, o Corinthians também poderia usar uma provisão permitida pela Lei Geral do Esporte, que seria o afastamento do presidente alvinegro por ‘gestão temerária’. Diferente do processo de impedimento, tal afastamento poderia ser feito sem necessidade de votação de conselheiros.
Conselho Fiscal pediu por veto
No final da última semana, o Conselho Fiscal do Corinthians emitiu um parecer pedindo pela reprovação das contas do clube em 2024. Nelas, foi acusado o aumento da dívida de quase R$ 600 milhões (chegando a R$ 2,5 bilhões no geral), além de déficit de R$ 181,7 milhões na última temporada..
O documento pedindo para que as contas fossem vetadas passou pelo Cori (Conselho de Orientação) e pelo Conselho Deliberativo. Com a reprovação oficializada, a situação interna do Timão segue bastante controversa e até há pedidos para que Melo renuncie ao cargo, algo considerado ‘improvável’