Casagrande, em discurso no YouTube (Reprodução)
Casagrande concorda com Rogério Ceni sobre o atual domínio de Flamengo e Palmeiras no Brasil. Apesar disso, o comentarista vê margem para outras potências ameaçarem a atual hegemonia. Neste cenário, o Bahia, dirigido pelo ex-goleiro, é avaliado como um dos clubes que, dentro de um processo gradativo, está pavimentando um caminho para chegar à primeira prateleira do futebol nacional.
“Depois que o futebol brasileiro começou a ter situações financeiras diferentes, acabou aquela coisa mais igual. O Palmeiras é mais organizado com menos dívidas. A Leila, o Paulo Nobre e os últimos presidentes reorganizaram o Palmeiras. O Flamengo paga as contas, tem dinheiro para comprar, lota o estádio e usa o dinheiro da renda.”, disse Casão, no UOL News Esporte.
“O Bahia está chegando nesse patamar e indo nessa estrada.”, acrescentou.
Clubes que vivem situação oposta
Ao contrário do Bahia, Casagrande não aposta que Corinthians, Santos, Vasco, Atlético-MG e outros times possam competir com Flamengo e Palmeiras. Além do “abismo” dentro de campo, a falta de responsabilidade administrativa motivou o discurso convicto do ex-jogador.
“Vê a dívida dos outros. Pega o exemplo administrativo do Corinthians. Pega o Santos, a loucura que o Santos está fazendo. O Atlético-MG tem uma dívida gigantesca. O Grêmio e o Santos estão na zona de rebaixamento, o Internacional e o Vasco estão pertinho. O cenário mudou. Tem dois times que pagam as contas, outros que estão começando a pagar, e a grande maioria que vai empurrando com a barriga.”, afirmou.
Casagrande explica declínio do Fortaleza
Eliminado da Copa do Brasil, o Fortaleza ainda vive altos e baixos em 2025. Levando em conta o estilo de Juan Pablo Vojvoda, Casagrande considera que os últimos reforços contratados não estão conseguindo manter o padrão tático, algo atrelado ao rendimento abaixo das expectativas.
“O Fortaleza, nestes últimos dois anos, errou muito. Deixou o time envelhecer. Tem David Luiz, Tinga, Diogo Barbosa, Marinho, Deyverson e outros jogadores de 30 (anos) para cima. O tipo de jogo do Vojvoda sempre foi com intensidade, marcar lá em cima e sair em velocidade. O time perdeu velocidade e intensidade. Virou um time normal.”, opinou.

