Neymar, atacante do Santos (Raul Baretta/ Santos FC)
Neymar foi um dos principais temas do debate do programa “Galvão e Amigos” na Band nesta segunda-feira (2). Casagrande mais uma vez não poupou críticas ao craque santista, que foi expulso na derrota para o Botafogo no fim-de-semana pelo Brasileirão Série A após marcar um gol com a mão na Vila Belmiro.
“Eu não acredito no Neymar há muito tempo porque ele não demonstra nenhum espírito coletivo, ele não demonstra jogar para a equipe”, opinou Casão na atração comandada por Galvão Bueno. Ao mesmo tempo, o ex-centroavante acrescentou que a queda de produção de Neymar ocorreu depois que trocou a camisa 11 com a qual se consagrou pelo número 10.
“Depois que ele mudou pra camisa 10, eu acho que alguma coisa aconteceu na cabeça dele que ele mudou o jeito dele jogar. Ele preferia fazer jogadas de efeito do que ir lá e definir o jogo”, avaliou Casagrande, que ressaltou a queda física do atleta e os erros em sua preparação.
“As contusões foram acontecendo, ele foi perdendo velocidade, ele foi perdendo massa muscular, ele foi perdendo explosão. A cada contusão e a cada recuperação não sendo bem feita, ele foi perdendo alguma coisa. Hoje nós estamos vendo um Neymar sem arranque, sem explosão muscular, sem força”, analisou o comentarista, sobre o camisa 10 do Santos que pode ter feito seu último jogo pelo Peixe em sua segunda passagem pela Vila Belmiro.
“Zico se matou para jogar a Copa do Mundo de 1986”, disse Casagrande
Para citar um exemplo de um craque que se esmerou no tratamento para voltar a jogar, Casagrande recordou do esforço de Zico para atuar na Copa do Mundo de 1986, logo após sofrer uma entrada violenta de Márcio Nunes, do Bangu, no ano anterior. O Galinho sofreu lesões graves no joelho, na fíbula e nos tornozelos.
“Eu tive presente e vi um cara se matar das seis da manhã às sete da noite para tentar jogar uma Copa do Mundo que foi o Zico lá no México”, disse Casão, que também estava na seleção brasileira de Telê Santana naquele Mundial. “Se o Zico tivesse inteiro, aquela seleção de 86 teria chegado à final da Copa do Mundo porque o Zico tava voando em 85 nas Eliminatórias”, pontuou.
Ronaldo Fenômeno também foi mencionado
Por fim, Casagrande reforçou que Neymar vem sendo o oposto do eterno camisa 10 do Flamengo em termos de preparação física, também citando Ronaldo em 2002, quando o Fenômeno superou seus problemas no joelho para ser o artilheiro no pentacampeonato mundial.
“Quando eu lembro do Zico e olho o Neymar eu falo: ‘Gente, eu não acredito nesse cara. Como que eu vou acreditar nesse cara?’. Eu tenho dois exemplos. Zico e Ronaldo. O Ronaldo não acompanhei, mas estava na Copa, fiz a final e vi o que ele fez”, concluiu.
