
Renato Paiva, em jogo do Botafogo no Mundial (Vitor Silva/Botafogo)
Casagrande não ficou em cima do muro ao avaliar os quatro técnicos dos clubes brasileiros no Mundial. Respondendo ao questionamento sobre o profissional com trabalho mais surpreendente, o comentarista avalia que Renato Paiva, após o Botafogo vencer o PSG, merece o posto. Apesar da competência de Filipe Luís, Renato Gaúcho e Abel Ferreira, o desafio contra o campeão da Champions League, crucial para a classificação do Glorioso, foi decisivo para a escolha.
“Eu vou votar no Renato Paiva. Ele ganhou um jogo contra o melhor time da Europa. Ganhou na estratégia dele. Não foi tirando um jogador e colocando outro, o cara entrou e fez o gol. Quando o treinador faz isso, ele depende muito do astral do cara que vai entrar. O Renato Paiva estudou o PSG e montou uma estratégia com todas as peças dele como se fosse xadrez.”, disse Casagrande, no Fim de Papo, do UOL Esporte.
“Eu acho que o trabalho do Renato Paiva foi muito mais completo no jogo do PSG do que o Renato Gaúcho, Abel e do Filipe Luís. O Filipe Luís foi maravilhoso contra o Chelsea, o Renato também contra o time da Coreia, o Abel está sempre bem, mas o maior desafio era do Renato Paiva. Ninguém nem contava com o empate.”, acrescentou.
Casagrande prevê Filipe Luís na seleção brasileira
Competente na vitória do Flamengo contra o Chelsea, Filipe Luís promete subir de patamar após o Mundial. Levando em conta o estilo do treinador, sempre em busca de adquirir conhecimentos, Casagrande projeta o ex-lateral, em até duas Copas do Mundo, à frente da seleção brasileira.
“Eu gosto do Filipe Luís, é um treinador jovem. Eu acho que o Filipe Luís, depois da Copa (de 2026) ou duas Copas, será o treinador da seleção brasileira, se ele continuar dessa maneira. É um treinador moderno, com outra cabeça e que pode chegar na seleção brasileira.”, opinou.
Renato Gaúcho e Abel Ferreira são elogiados
Mesmo com a escolha por Renato Paiva, Casagrande não deixou de enaltecer Renato Gaúcho e Abel Ferreira. Além da capacidade do treinador do Fluminense montar bons times quando não exagera no “personagem”, o comentarista quis exaltar o modo que o português colocou, de forma constante, o Palmeiras na disputa por títulos de peso.
“Os quatro são ótimos. Eu gosto do Renato Gaúcho, sempre achei um ótimo treinador. Ele se perde, às vezes, no personagem. Quando ele entra no personagem dele, é o momento que o trabalho dele começa a cair. Quando bate de frente com a imprensa, tem discussão, é desafiador… o trabalho começa a cair. Como treinador, ele sempre funcionou.”, externou.
“O Abel surpreende pouco porque ele está bem faz cinco anos. Os outros que não estavam. Desde que o Abel chegou ao Palmeiras, ele ganha tudo. Não tem muito o que surpreender. Ele é sempre competitivo e o trabalho dele é sempre muito bom.”, concluiu.