Venda de naming rights do Maracanã é tratada com ‘ceticismo’ por governador do Rio de Janeiro
Flamengo e Fluminense já procuram parceiros para dar nome ao estádio, do qual tem a concessão; valor estimado é de R$ 40 milhões
Naming rights do estádio podem ser negociads (Foto: Divulgação)
O Maracanã pode mudar de nome em breve. Notícias dão conta de que o naming rights do estádio podem ser vendidos por seus respectivos gestores, Flamengo e Fluminense, no futuro. E estas tiveram repercussão em evento nesta quinta-feira no Rio de Janeiro para promover os times da cidade na Copa do Mundo de Clubes
‘Ceticismo’ do governador
O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, comentou sobre o assunto e vê a questão com ‘ceticismo’. O mandatário estadual indicou ‘não ter opinião’ em relação à negociação dos direitos de uso do nome do Mário Filho por parte da dupla Fla-Flu e indicou que irá ‘estudar’ o tema. mas não exibiu tom otimista em suas declarações
“Até agora, não houve conversa alguma. Não obtive resposta, mas já pediu um estudo do edital de licitação para ver se isso é possível. Fiquei sabendo pela imprensa, até agora os clubes não formalizaram”, disse Castro segundo o GE.
“Eu vejo isso com um pouco de ceticismo e dificuldade pelo fato do Maracanã ser tombado. Tem que ver na legislação. O Maracanã é a casa do futebol brasileiro. Não sei se a torcida se acostumaria a falar outro nome (para o estádio), mas o diálogo está 100% aberto”, finalizou.
Entenda o caso
As informações sobre a procura de Flamengo e Fluminense pela negociação dos naming rights do estádio vem desde março. Os dois times tem agido em parceria para poder achar parceiros na empreitada, ativando a equipe que cuida da parte comercial do Mário Filho na prospecção de empresas que possam botar seu nome no campo.
A estimativa da dupla Fla-Flu é que a venda da exploração do nome do estádio renda R$ 40 milhões por ano, o que o deixaria como o maior contrato do futebol brasileiro neste quesito (o atual primeiro colocado da lista é o Pacaembu, que recebe R$ 33,3 milhões anuais do Mercado Livre). Mas isto esbarra em um série de obstáculos burocráticos.
Além do aval do governo do RJ, outro ponto tem a ver com o fato de que o edital de concessão do Maracanã não tem a cessão dos naming rights como um dos pontos tratados. E tal ausência faz com que haja dúvidas sobre se seria permitido ou não a venda destes.

